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Estado de Minas

Reforma trabalhista � tabu entre presidenci�veis

Quando questionados objetivamente sobre as medidas concretas que pretendem adotar, Dilma, Marina e A�cio se esquivam com respostas evasivas


postado em 18/09/2014 09:19 / atualizado em 18/09/2014 09:26

S�o Paulo - Diante das demandas de empres�rios e sindicalistas, os tr�s principais candidatos � Presid�ncia t�m se comprometido a modernizar a legisla��o trabalhista, embasada na Consolida��o das Leis do Trabalho (CLT) de 1943 . No entanto, quando questionados objetivamente sobre as medidas concretas que pretendem adotar, Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e A�cio Neves (PSDB) se esquivam com respostas evasivas.


Nessa quarta-feira foi a vez de Dilma. Provocada por um empres�rio em encontro na Associa��o Comercial e Industrial de Campinas (Acic) a dizer se far� mudan�as na legisla��o trabalhista, a presidente respondeu: “Quando se mudam as rela��es de trabalho, a legisla��o tem que mudar. Essas mudan�as precisam ser feitas para garantir que todas as altera��es sejam absorvidas. Agora, vamos ter clareza disso, (mudar) 13.º, f�rias e horas extra, nem que a vaca tussa”.

Poucos minutos depois, questionada por jornalistas sobre quais mudan�as pretende fazer na legisla��o, Dilma apenas reafirmou o que n�o far� e citou um exemplo do ano passado. “Eu n�o mudo direitos na legisla��o trabalhista. O que n�s podemos fazer �, por exemplo, o caso da lei do menor aprendiz.” Alterada em 2013, a Lei do Jovem Aprendiz permite que adolescentes de 15 anos sejam contratados como estagi�rios, desde que a empresa custeie um curso profissionalizante.

Embora fale em mudar as regras para acompanhar a evolu��o do mercado de trabalho, Dilma n�o revela detalhes de seus planos nem para aliados como a Central �nica dos Trabalhadores (CUT). Em julho, a central entregou � presidente um caderno de 56 p�ginas com reivindica��es. Segundo a CUT, Dilma n�o disse nem sim nem n�o.

Na v�spera, em um encontro com jovens empres�rios em S�o Paulo, Marina adotou postura semelhante � de Dilma. Indagada diversas vezes sobre as leis trabalhistas, negou que proponha uma “flexibiliza��o da CLT”, mas disse que vai apresentar propostas para melhorar os direitos dos trabalhadores. “� uma discuss�o delicada e ainda n�o est� resolvida dentro da nossa alian�a. Mas vamos fazer uma atualiza��o dessas leis, preservando tanto a seguran�a do empregadores como dos trabalhadores”, justificou a candidata do PSB. Em seu programa de governo, Marina defende “disciplinar a terceiriza��o de atividades com regras que a viabilizem”, sem mais detalhes.

No in�cio da campanha deste ano, A�cio tamb�m chegou a sinalizar em encontros com empres�rios que estaria disposto a flexibilizar a CLT para alguns setores espec�ficos, como o de turismo. Pressionado pela For�a Sindical, que apoia sua candidatura, acabou recuando.

Na avalia��o do professor da faculdade de Economia da Universidade de S�o Paulo (USP) H�lio Zylberstajn, o debate envolvendo a CLT � delicado porque ela ilude o trabalhador. “Ele (trabalhador) acha que est� protegido pela CLT, mas, na verdade, ela n�o conseguiu dar mecanismos de prote��o efetiva para o brasileiro”, disse Zylberstajn. 


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