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Estado de Minas

Alberto Youssef diz que Lula foi pressionado a indicar Paulo Roberto Costa

Doleiro disse que o ent�o presidente aceitou a indica��o ap�s o Congresso trancar a pauta por 90 dias


postado em 09/10/2014 21:59

Em depoimento � Justi�a Federal no Paran�, o doleiro Alberto Youssef, preso na Opera��o Lava Jato por integrar esquema de lavagem de dinheiro, informou que, em 2004, o ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva foi pressionado por partidos aliados a aceitar a indica��o de Paulo Roberto Costa para a Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Segundo Youssef, “agentes pol�ticos” trancaram a pauta no Congresso para for�ar a nomea��o, feita pelo l�der do PP � �poca, Jos� Janene, que morreu em 2008.

"Tenho conhecimento de que, para Paulo Roberto Costa assumir a Diretoria de Abastecimento, esses agentes pol�ticos trancaram a pauta no Congresso durante 90 dias. Na �poca, o presidente era Luiz In�cio Lula da Silva. Ele ficou louco. Teve de ceder e realmente empossou o Paulo Roberto Costa na diretoria”, disse Youssef, em depoimento ontem (8), como parte das investiga��es da Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal. Quando h� o trancamento da pauta no Congresso, nenhuma mat�ria pode ser votada pelos parlamentares. Procurada, a assessoria de Imprensa do Instituto Lula n�o foi encontrada para comentar o depoimento de Alberto Youssef.

Deflagrada no dia 17 de mar�o, a opera��o da PF descobriu esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos p�blicos, que teria movimentado cerca de R$ 10 bilh�es. O esquema, segundo a PF, era comandado pelo doleiro, que est� preso no Paran� e aceitou assinar acordo de dela��o em troca de redu��o da pena.

No entanto, o depoimento de ontem, ao juiz S�rgio Moro, da 13ª Vara da Justi�a Federal de Curitiba e respons�vel pelo caso, n�o est� relacionado ao acordo dela��o. Paulo Roberto Costa tamb�m prestou depoimento em Curitiba nessa quarta. Alberto Youssef usou as express�es agentes pol�ticos e agentes p�blicos em refer�ncia a outros envolvidos na investiga��o sobre desvios de dinheiro de contratos da Petrobras. Os termos foram usados por recomenda��o do juiz S�rgio Moro para manter o sigilo dos nomes de outros envolvidos. Como t�m foro privilegiado, os nomes desses agentes pol�ticos devem ser revelados posteriormente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O doleiro destacou que era apenas uma “engrenagem” na opera��o e que outras pessoas estavam acima dele e de Paulo Roberto Costa. “N�o sou mentor ou chefe da organiza��o criminosa. Tinha gente mais elevada, inclusive acima do Paulo Roberto Costa, no caso agentes p�blicos".

Perguntado se em outras diretorias havia opera��o semelhante � que ocorria na Diretoria de Abastecimento, Youssef respondeu: “N�o operei em outra diretoria, mas sei que existiam os mesmos moldes. Sei por conta dos pr�prios empreiteiros, os pr�prios operadores”. O juiz perguntou novamente se os empreiteiros afirmavam que havia esquemas semelhantes em outras �reas e o doleiro confirmou. “Sim. Em todas as �reas, tanto na Internacional quanto na de Servi�o”.

Youssef tamb�m detalhou o repasse do dinheiro pago por empresas vencedoras de licita��es da Petrobras. Segundo ele, elas combinavam quem ganharia a licita��o, e a vencedora pagava 1% do valor total da obra contratada. Segundo o doleiro, ele, Costa e os agentes pol�ticos, cujos nomes n�o revelou, recebiam esse percentual a t�tulo de comiss�o.


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