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Estado de Minas

Base manobra e depoimento do doleiro � CPI � adiado


postado em 20/10/2014 20:49 / atualizado em 20/10/2014 21:10

Preocupado com o impacto de declara��es de Alberto Youssef �s v�speras das elei��es, o governo conseguiu adiar o depoimento do doleiro na CPI que investiga a corrup��o na Petrobras. Ap�s intensa mobiliza��o do Pal�cio do Planalto, o depoimento de Youssef dever� agora ser realizado na quarta-feira, dia 29, tr�s dias depois do segundo turno da disputa presidencial.

"Para as investiga��es n�o h� diferen�a entre cham�-lo para depor agora ou depois do segundo turno", afirmou o presidente da CPI mista da Petrobras, senador Vital do R�go (PMDB-PB).

Na semana passada, Vital aventou a possibilidade de o depoimento de Youssef ocorrer nessa quarta, 22, dia em que a CPI ouvir� o atual diretor de Abastecimento da estatal, Jos� Carlos Cosenza. O colegiado j� havia aprovado um requerimento de convoca��o de Youssef e, pelo regimento do Congresso, cabe ao presidente da CPI marcar o dia do depoimento.

Emiss�rios do Planalto passaram, ent�o, a agir para evitar outra surpresa a poucos dias do segundo turno eleitoral. Capitaneada pelo PSDB, a oposi��o, por sua vez, chegou a irritar Vital, cobrando que o depoimento fosse marcado para amanh�.

O governo tem feito de tudo para evitar mais estragos na campanha da presidente Dilma Rousseff � reelei��o. Desde que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa revelou um esquema de desvio de dinheiro na estatal, beneficiando pol�ticos da base aliada, entre os quais o PT, o PMDB e o PP, a imagem da presidente sofreu abalos.

Partidos que apoiam a candidatura de A�cio Neves (PSDB) � Presid�ncia querem explorar, na CPI da Petrobras, as recentes declara��es de Costa e de Youssef. Aliado de Dilma, a quem tem ajudado na campanha em seu Estado, a Para�ba, Vital resiste a acatar as sugest�es da oposi��o, sob o argumento de que a CPI n�o pode ficar "contaminada" pelo ambiente eleitoral.

Preso pela Opera��o Lava Jato, Youssef tamb�m fez acordo de dela��o premiada com o Minist�rio P�blico, a exemplo de Costa, e prometeu revelar tudo o que sabe em troca de redu��o de sua pena.

Depois de citar o tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari, como o homem que recebia a propina dos contratos da Petrobras para o partido, Costa disse na dela��o premiada que a campanha da ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann recebeu, em 2010, ajuda de R$ 1 milh�o, a pedido de Yousseff, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo. � �poca, ela foi eleita para o Senado.

Tanto Gleise como Vaccari negam as acusa��es com veem�ncia. "N�o conhe�o Alberto Youssef nem Paulo Roberto Costa", disse a senadora. "Diante de tantas acusa��es infundadas, o secret�rio de Finan�as vai processar civil e criminalmente aqueles que t�m investido contra sua honra e reputa��o", afirmou o tesoureiro do PT, em nota oficial.

Vital afirmou que est� encontrando dificuldades para marcar as audi�ncias no per�odo eleitoral, mas negou qualquer press�o do Planalto. Youssef est� preso e, segundo o presidente da CPI da Petrobras, � preciso acertar muito bem a log�stica com a Pol�cia Federal e com a Justi�a Federal do Paran� para que o doleiro viaje a Bras�lia.


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