
A carta de Marta foi entregue � Casa Civil quando Dilma j� estava no exterior. Integrantes do Pal�cio do Planalto disseram que o tom do documento teria surpreendido o governo. A sa�da da petista j� era prevista, mas o recado foi interpretado como uma sinaliza��o de que a petista, magoada com o PT, quis demarcar espa�o, al�m de um sinal de que deseja articular sua disputa pela Prefeitura de S�o Paulo em 2016.
Al�m de Marta, que agora reassume seu mandato no Senado, outros ministros v�o deixar o cargo. Sobre a reforma ministerial prevista para o segundo mandato, no entanto, Dilma evitou falar em datas. "N�o estabeleci prazo. N�o vou fazer a reforma imediatamente", disse. "Vou fazer por partes", complementou.
Questionada sobre a possibilidade de come�ar as mudan�as quando retornar do encontro do G-20, na pr�xima ter�a-feira, Dilma disse que "nem pensar". "N�o tem reforma na ter�a. Nem pensar. N�o d� tempo", afirmou.
Questionada sobre o prazo dado pelo Pal�cio para a reforma, at� ter�a, Dilma reafirmou que a defini��o vir� dela. "Pal�cio n�o fala. � integrado por paredes mudas. S� quem fala sobre reforma � esta modesta pessoa que vos fala."
Visita de Estado
A presidente aproveitou para fazer uma parada t�cnica no Catar a caminho do G-20, na Austr�lia. Durante a visita, encontrou o emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al Thani e, com a xeica Moza bint Nasser, visitou a Funda��o Catar, organiza��o sem fins lucrativos de incentivo � pesquisa, � educa��o e � ci�ncia.
Dilma viajou acompanhada da filha Paula, do ministro das Rela��es Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e do assessor especial Marco Aur�lio Garcia. A presidente n�o comentou o fato de estar hospedada em uma su�te ao custo de R$ 30 mil a di�ria. O convite de ficar no hotel de luxo foi feito pelo pa�s e a conta foi paga pelo emirado.
Depois da entrevista, a presidente planejava visitar o Museu de Arte Isl�mica antes de seguir viagem. Dilma evitou entrar em detalhes sobre o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no G-20. "N�o vamos tratar de quest�es pontuais", afirmou. Ser� o primeiro encontro bilateral ap�s as den�ncias de espionagem americana.