O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, informou nesta quarta-feira, que "mais de 10, 15 ministros", inclusive ele mesmo, j� apresentaram uma carta colocando o cargo � disposi��o da presidente Dilma Rousseff. Na avalia��o de Mercadante, o gesto � meramente "diplom�tico" e de "agradecimento por ter participado" do atual governo.
"� um gesto de gentileza, e n�o tem prazo, n�o. O governo vai at� 31 de dezembro. � uma forma de demonstrar publicamente esse esp�rito que foi a campanha da presidente Dilma, de uma equipe nova e um governo novo. Ela tem a total liberdade (de mudar a equipe), pode trocar o ministro que quiser na hora que achar oportuno", comentou Mercadante.
De acordo com o ministro da Casa Civil, a maioria dos ministros se manifestou "totalmente favor�vel" � ideia.
Questionado quais os ministros que teriam j� encaminhado a carta, Mercadante respondeu: "Quais as cartas que chegaram eu n�o vi. Toda hora est� chegando, isso a� n�o � um problema. Os que n�o quiserem n�o precisa, n�o � obrigat�rio. Isso j� vinha acontecendo desde a semana passada."
Mercadante destacou que n�o h� "ordem" para os colegas entregarem as cartas e que a presidente far� a "reforma que deve fazer na hora que deve fazer".
Marta Suplicy
O ministro-chefe da Casa Civil disse que n�o trabalha com o cen�rio de a ministra da Cultura, Marta Suplicy, sair do Partido dos Trabalhadores, ap�s pedir demiss�o do atual cargo.
"Eu sou companheiro dela h� mais de 30 anos, � um quadro importante para S�o Paulo e para o Senado Federal, especialmente agora que o Suplicy (Eduardo Suplicy, derrotado nas �ltimas elei��es) n�o estar� mais. Acho que ela tem um papel muito importante no debate do Senado, tenho certeza que ela cumprir� isso", comentou Mercadante, em coletiva de imprensa no Pal�cio do Planalto.
"Nosso partido tem ra�zes profundas, ela (Marta) participou de toda essa constru��o, eu n�o trabalho com esse cen�rio (de Marta sair do PT)."
Para assessores palacianos, a atitude de Marta - de entregar uma dura carta de demiss�o enquanto a presidente Dilma Rousseff estava fora do Pa�s - foi vista como uma sinaliza��o de que ela pode se desligar do PT para se filiar ao PMDB, caso a sigla n�o lhe permita disputar uma pr�via com o atual prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad, na defini��o do candidato petista que disputar� as elei��es municipais de 2016.
Mais cedo, o presidente da Rep�blica em exerc�cio, Michel Temer, disse que n�o sabe "ainda" se a senadora licenciada por S�o Paulo pode se filiar ao PMDB. O marido de Marta, o empres�rio M�rcio Toledo, � amigo de Temer.