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Estado de Minas

Depoimento de executivos e documentos embasaram pris�o de ex-diretor da Petrobras

Colabora��o premiada de dois acusados na Opera��o Lava a Jato e provas documentais embasaram a decis�o de juiz que decretou a pris�o do ex-diretor de Servi�os da estatal


postado em 15/11/2014 06:00 / atualizado em 15/11/2014 07:52

Bras�lia – Os depoimentos em colabora��o premiada de dois executivos da construtora Toyo Setal embasaram boa parte da decis�o do juiz S�rgio Moro ao decretar a pris�o do ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque. Indicado ao cargo pelo PT, ele j� havia sido acusado pelo ex-diretor de Refino e Abastecimento Paulo Roberto Costa de intermediar propina para os petistas, com base em contratos superfaturados por um cartel de empreiteiras.

Nos depoimentos ao Minist�rio P�blico, os executivos J�lio Gerin Camargo e Augusto de Mendon�a Neto detalham em quais obras Duque e o gerente Pedro Barusco teriam recebido propina, indicando contas banc�rias no exterior e n�meros de linhas telef�nicas. Tamb�m mostraram a atua��o do lobista Fernando “Baiano” Falc�o Soares, que atuava para o PMDB, segundo Paulo Roberto Costa. Ele teve a pris�o decretada ontem, mas n�o foi detido.

“Observa-se que J�lio Camargo e Augusto n�o apenas narram os fatos, mas indicam contas banc�rias utilizadas nas transa��es, datam as transa��es, especificam locais de encontros, descrevem os meios utilizados, os telefones de contatos e indicam demais documentos, alguns fict�cios, empregados para acobertar os crimes perpetrados”, afirmam os procuradores da Rep�blica da for�a-tarefa da Opera��o Lava a Jato. “Em outras palavras, materializam, provam e demonstram todos os fatos descritos em seus depoimentos, confessando, inclusive, as suas respectivas participa��es.”

Bloqueio de bens
Moro determinou o bloqueio de bens de 36 investigados em at� R$ 20 milh�es, entre eles os executivos de empreiteiras, Baiano e Duque. As empresas Technis, Hawk Eyes e D3TM Consultoria tamb�m tiveram bens bloqueados, por serem de Baiano. Para evitar a quebra de algumas empresas e a paralisa��o de obras importantes, o juiz n�o aceitou bloquear as contas das grandes empreiteiras, nem mesmo um percentual de 5% a 10% dos contratos que eles mant�m com a Petrobras. “A medida teria impactos significativos tamb�m para terceiros”, justificou. “Melhor focar, no presente momento, a recupera��o dos ativos sobre os dirigentes respons�veis pelos crimes, sem preju�zo de futuras medidas contra as empresas.”

Al�m do ex-diretor da Petrobras, quatro presidentes de grandes empreiteiras e 15 executivos tiveram as pris�es decretadas ontem, na s�tima fase da Lava a Jato, uma a��o policial de propor��es in�ditas no pa�s, cujo principal objetivo � buscar provas contra corruptores. As pris�es dos presidentes das empreiteiras s�o tempor�rias, com dura��o de cinco dias, mas podem ser prorrogadas “por igual per�odo em caso de extrema e comprovada necessidade”. Foram presos os presidentes da OAS, Jos� Aldem�rio Pinheiro Filho, da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, e da Iesa, Valdir Carneiro. Dalton Avancini, presidente da Camargo Correa, n�o havia sido preso ou se entregado at� a conclus�o desta edi��o. O ex-diretor-presidente da construtora Queiroz Galv�o, Ildefonso Colares, se entregou na superintend�ncia da PF em Curitiba, no fim da tarde. A assessoria de imprensa da Queiroz informou que ele n�o trabalha para o grupo desde 2012.

Foram presos ainda outros quatro executivos da OAS (Mateus Coutinho de S� Oliveira, Alexandre Portela Barbosa, Agenor Medeiros e Jos� Ricardo Nogueira), tr�s da Engevix (Gerson Almada, Carlos Strauch Albero e Newton Prado J�nior), o diretor da Queiroz Galv�o Othon Zanoide de Moraes Filho, tr�s da UTC (Ednaldo Alves da Silva, Walmir Pinheiro Santana e Carlos Alberto Costa Silva), o diretor da Iesa Otto Sparenberg, e Erton Medeiros Fonseca, da Galv�o Engenharia.

Comboio
At� o fechamento desta edi��o n�o haviam sido cumpridos os mandados de pris�o contra o vice-presidente da Mendes J�nior, S�rgio Cunha Mendes, que mora em Bras�lia e negociou com a PF se entregar em Curitiba at� o fim da noite de ontem, Eduardo Hermelino Leite (Camargo Correa), Jo�o Ricardo Auler (Camargo Correa), Adarico Negromonte Filho e Fernando Ant�nio Falc�o Soares.

Os presos come�aram a ser levados a Curitiba (PR) ontem, onde se concentra toda a investiga��o. Para fazer a viagem, os detidos em S�o Paulo foram transportados pela Pol�cia Federal ao aeroporto de Guarulhos. A van que os levou tinha as janelas tampadas por cortinas. J� os presos no Rio de Janeiro foram conduzidos � Base A�rea do Gale�o, na Ilha do Governador, zona norte do Rio. O transporte foi feito por um ve�culo da PF escoltado por dois carros com agentes federais.

 

"� disposi��o das autoridades"

Bras�lia – As empreiteiras que tiveram dirigentes presos ou conduzidos coercitivamente ontem emitiram notas comentando a s�tima fase da Opera��o Lava a Jato. A Odebrecht, cuja sede no Rio de Janeiro foi alvo de mandado de busca e apreens�o, disse que “a equipe (da Pol�cia Federal) foi recebida na empresa e obteve todo o aux�lio para acessar qualquer documento ou informa��o buscada”, e que “est� inteiramente � disposi��o das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necess�rio”. A Camargo Corr�a, que chegou a ter dirigentes presos, manifestou, em nota, que “repudia as a��es coercitivas”, uma vez que “a empresa e seus executivos, desde o in�cio, se colocaram � disposi��o das autoridades e v�m colaborando com os esclarecimentos dos fatos”.


A mesma linha foi seguida pelas demais empresas. A Engevix disse que “prestar� todos os esclarecimentos que forem solicitados”. A Galv�o Engenharia assegurou que “tem colaborado com todas as investiga��es referentes � Opera��o Lava a Jato e est� permanentemente � disposi��o das autoridades”. A Mendes J�nior disse que est� “colaborando com as investiga��es”.


Da mesma forma, a OAS afirmou, em nota enviada ao Estado de Minas, que “foram prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso �s informa��es e documentos requeridos pela Pol�cia Federal”. A UTC informou que “colabora desde o in�cio das investiga��es e continuar� � disposi��o das autoridades para prestar as informa��es necess�rias”.

 


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