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Estado de Minas

Empreiteiras formavam esp�cie de 'clube Vip'


postado em 15/11/2014 09:31 / atualizado em 15/11/2014 09:47

As nove principais empreiteiras investigadas na Opera��o Lava Jato formaram um "clube" para desviar recursos de obras p�blicas, segundo depoimentos dos delatores do esquema. Na Petrobr�s, o cartel fraudou licita��es e superfaturou contratos em pelo menos nove grandes empreendimentos, mediante o pagamento de suborno a dirigentes. O ex-diretor de Servi�os Renato Duque, preso ontem, recebeu propinas de at� R$ 60 milh�es, conforme relataram os executivos da Toyo Setal J�lio Camargo e Augusto Mendon�a de Ribeiro.

Aos investigadores, Mendon�a disse que na obra de moderniza��o da Refinaria Presidente Get�lio Vargas (Repar), por exemplo, ele negociou o pagamento de propina diretamente com Duque. Segundo ele, j� existia um entendimento entre o ent�o diretor de Servi�os e Ricardo Pessoa (presidente da UTC) de que todos os contratos do "clube" deveriam ter contribui��es.

"O declarante negociou propina diretamente com Duque e acertou pagar a quantia de R$ 50 milh�es a R$ 60 milh�es, o que foi feito entre 2008 e 2011. Duque tinha um gerente que, agindo em seu nome, foi quem mais tratou com o declarante, chamado Pedro Barusco", descreve o Minist�rio P�blico Federal em seu relat�rio. Autoridades da Su��a bloquearam US$ 20 milh�es em nome de Barusco.

No pedido de pris�o enviado Justi�a, o Minist�rio P�blico diz que houve repasses do "clube" ao ex-diretor nas obras, al�m da Repar, do Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj), dos gasodutos Urucu-Manaus e de Cabi�nas, de sondas de perfura��o, al�m das refinarias de Paul�nia (SP), Abreu e Lima (PE) e Henrique Lage (SP). O "clube" ainda mant�m contratos de R$ 4,2 bilh�es em vigor com a Petrobr�s. "Caso seja pago o porcentual de 3% de propina em todos eles, o valor do desvio de recursos atualmente acontecendo ser� de aproximadamente R$ 120 milh�es", destacam os procuradores encarregados da investiga��o.

Para�sos fiscais

Segundo os dois delatores, o dinheiro das propinas era pago pelas empreiteiras, via offshores em pa�ses no Uruguai e a Su��a, a empresas indicadas pelo doleiro Alberto Youssef, apontado como o respons�vel pela lavagem dos recursos desviados. Em seguida, eram repassados ao ex-diretor ou ao gerente Pedro Barusco, seu subordinado na Petrobr�s. N�o raro, os pagamentos eram feitos em esp�cie.

Nos depoimentos, os delatores do esquema - que esperam ter suas penas reduzidas ap�s a colabora��o com a Justi�a - disseram que o cartel das empreiteiras funciona ao menos desde os anos de 1990 fraudando contratos. Entre elas, havia um grupo de VIPs, supostamente formado por Odebrecht, UTC, Camargo Correa, Andrade Gutierrez e OAS, que tinha maior poder de "persuas�o" para ficar com os melhores contratos.

"Com esse poder de persuas�o, o clube Vip garantiu a refinaria Rnest (Abreu e Lima) s� para eles", disse Augusto Mendon�a aos investigadores.  


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