Elei��o na C�mara de BH repete polariza��o em Minas

Diferentemente da �ltima elei��o para a presid�ncia da C�mara Municipal, quando o PSDB rachou e lan�ou dois candidatos, a disputa no pr�ximo dia 12 de dezembro est� polarizada entre os dois grupos pol�ticos que tamb�m se enfrentam no plano estadual. De um lado, o vice-presidente Wellington Magalh�es (PTN) tem o apoio do prefeito Marcio Lacerda (PSB), do seu l�der na Casa, o vereador Preto (DEM), do PSDB e de partidos menores. De outro, Juninho Paim (PT), indicado pela bancada do seu partido, come�a a sua campanha tendo por aliados o PCdoB e o PMDB.

H� mais tempo acalentando o projeto de dirigir a Casa, Magalh�es anuncia a ades�o de 27 dos 41 vereadores. Em oposi��o ao presidente da Casa, L�o Burgu�s (PTdoB) – ex-tucano que se desfiliou para concorrer pela nova legenda � Assembleia Legislativa nas elei��es de 5 de outubro – o parlamentar do PTN propaga a ideia de uma gest�o “compartilhada” com os vereadores. “O L�o achou que a C�mara era dele. Os atos eram decididos na casa dele com a diretoria, sem ouvir ningu�m. Isso revoltou os vereadores”, critica o ex-aliado, que o apoiou em sua apertada reelei��o em 1º de janeiro de 2013. Magalh�es acrescenta: “Todas as licita��es e contrata��es que est�o sendo feitas nesse per�odo, no apagar das luzes da sua gest�o, sem consulta � Mesa, ser�o canceladas quando eu me eleger”.

Amigo pessoal do secret�rio de Estado de Governo, Danilo de Castro (PSDB), Magalh�es recebe tamb�m o apoio do �nico remanescente tucano na Casa, o vereador Henrique Braga. Em janeiro do ano passado, Braga disputou a presid�ncia da C�mara com o respaldo do prefeito e do presidente estadual do PSDB, o deputado federal reeleito Marcus Pestana. Braga “bateu chapa” pelo comando da Casa com Burgu�s, ent�o no PSDB.

Naquela disputa, Wellington Magalh�es sustentou a candidatura de Burgu�s. “Quem levou a bancada para votar com o Leo Burgu�s foi o Lu�s Tibet (deputado federal e presidente do PTdoB)”, explica Henrique Braga em refer�ncia ao placar apertado daquela briga entre tucanos: Burgu�s teve 21 dos 41 votos (leia mem�ria). Com um voto a menos haveria segundo turno e o resultado poderia ter sido outro.

O PTdoB, que, nas elei��es de 2012, elegeu tr�s vereadores e hoje tem cinco na Casa, dos quais quatro na Mesa Diretora, desta vez est� dividido. Burgu�s estar� no campo oposto de Magalh�es, carregando consigo o colega de partido Orlei. J� os demais vereadores da bancada do PTdoB – Vilmo Gomes, Ver� da Farm�cia e Pel� do V�lei – devem marchar com oparlamentar do PTN.

A candidatura de Juninho Paim � embrion�ria. Ela foi lan�ada no in�cio da semana passada pela bancada petista de seis vereadores. Politicamente ligado ao deputado federal Miguel Corr�a J�nior, presidente municipal do PT, Juninho agora se articula para conquistar o comando da Casa. “Vamos buscar apoios e outros partidos. Vou procurar todos. Vou para uma disputa leal”, afirma ele, que se reuniu na sexta-feira pela manh� com a bancada e o presidente do PT de Belo Horizonte.

Mem�ria

Dupla candidatura tucana

Em 2013, na v�spera da escolha do novo presidente da C�mara Municipal, marcada para 1º de janeiro, as articula��es para defini��o de um nome se arrastaram durante todo o dia sem que qualquer acordo fosse fechado. Apesar de a dire��o do PSDB ter batido o martelo pelo nome do vereador Henrique Braga, L�o Burgu�s n�o abriu m�o de batalhar pelo cargo. Do outro lado, em encontro da bancada petista e socialista, al�m do PDT, PV, PPS e PRB, foi escolhido em vota��o o nome do vereador Bruno Miranda (PDT) para disputar o cargo. A disputa envolveu ainda o prefeito Marcio Lacerda (PSB), que, apesar de ter predile��o pelo nome de Miranda, significaria um rompimento com os tucanos. O PSDB cobrava do prefeito o cumprimento de um acordo feito antes das elei��es em que Lacerda prometeu � legenda a dire��o do Legislativo. No dia seguinte, em uma reviravolta surpreendente, o vereador L�o Burgu�s (PSDB) venceu a queda de bra�o com o colega de partido Henrique Braga e foi reeleito presidente da C�mara em primeiro turno (na foto � direita, Burgu�s comemora a vit�ria com o ent�o aliado Wellington Magalh�es). A disputa foi marcada por brigas nas galerias entre partid�rios dos dois candidatos, precisando de interven��o dos seguran�as da Casa para apartar os envolvidos em socos e pontap�s. O fiel na balan�a para a vit�ria de L�o Burgu�s foi a bancada do PT, com a maioria se abstendo de votar.