A�cio acusa governo de colocar aliados de 'c�coras' para aprovar manobra fiscal

Um discurso em tom exaltado do senador A�cio Neves (PSDB) provocou no in�cio da tarde desta quarta-feira rea��es que foram dos aplausos a vaias no plen�rio do Congresso Nacional. “� triste, � vergonhoso o dia de hoje para o Congresso Nacional”, disse o senador, se referindo � tentativa de encaminhamento na Casa da vota��o do projeto de lei que muda a Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO). Se aprovado, as novas regras permitem que a presidente Dilma Roussseff descumpra a meta fiscal deste ano ano. A�cio acusou o governo de colocar a base aliada de “c�coras” ao vincular a libera��o de recursos das emendas parlamentares � aprova��o do projeto de lei que altera o teto da meta fiscal para este ano. “Cada parlamentar tem um pre�o”, destacou o tucano, que, segundo ele, pode chegar a R$ 740 mil.

Para A�cio, aprovar o projeto de lei que altera a LDO significa dar � presidente “anistia pelo crime de responsabilidade por ela cometido”. O senador tamb�m considerou que impedir manifestantes nas galerias do Congresso, na vota��o de hoje, � “uma viol�ncia contra o Regimento Interno” da Casa.

Na sess�o dessa ter�a-feira, a vota��o para mudar a LDO foi encerrada depois de confus�o gerada por policiais legislativos, parlamentares de oposi��o e manifestantes que estavam nas galerias do plen�rio. Essa ser� a terceira tentativa do governo de votar o projeto que desobriga o cumprimento da meta fiscal atual. A suspens�o da sess�o foi motivada pela interfer�ncia das galerias – com gritos, palmas e palavras de ordem contra o governo.

Constrangimento

Para A�cio, os parlamentares (deputados e senadores)m n�o estariam vivendo “o constrangimento” de votar projeto de lei aletrando o teto da meta fiscal caso a “verdade tivesse vencido as elei��es”. “Mentiu presidente ou desconhecia a realidade fiscal do pa�s”, afirmou A�cio, lembrando frase dita por Dilma, durante evento da Confedera��o Nacional da Agricultura (CNA), ocorrida durante a camapnha eleitoral, no dia 06 de agosto passado. A�cio lemmbrou que na ocasi�o a presidente afirmou que o governo acreditava que teria condi��es de cumprir a meta do super�vit estimado para este ano.

A�cio tamb�m listou outras afirma��es de Dilma durante a campanha � reelei��o, entre elas as relacionadas � eleva��o das taxas de juros, da energia el�trica e da alta da infla��o.”Infelizmente, n�o foi a verdade que venceu a elei��o”, lamentou o tucano, julgando as contradi��es do discurso eleitoral de Dilma.