A presidente Dilma Rousseff (PT) aproveitou cerim�nia no Pal�cio do Planalto, na manh� desta quinta-feira, para mandar um recado � oposi��o. De acordo com a presidente, durante o embate eleitoral “� natural divergir, disputar”. No entanto, concluiu Dilma, passado o pleito “� preciso respeitar as escolhas leg�timas do povo brasileiro”. Entre os presente ao evento, na sede administrativa do governo federal, em Bras�lia, o governador reeleito de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), escutava atentamente o discurso da presidente.
Alckmin foi a Bras�lia para assinar com o governo federal contratos para a libera��o de recursos da Uni�o para obras de infraestrutura no estado de S�o Paulo. Diante do governador tucano, Dilma disse que ela e Alckmin – filiado ao principal partido de oposi��o ao PT e, consequentemente, ao governo Dilma-, estavam participando de um evento “republicano. “Dentro das rela��es republicanas, estamos fazendo isso aqui hoje, essa parceria”, resumiu a presidente.
Oposi��o
Desde a reelei��o, Dilma tem enfrentado forte oposi��o �s propostas de interesse do governo em tramita��o no Congresso Nacional. Nos �ltimos dias, o alvo da oposi��o � derrubar o projeto de lei que modifica a Lei de Diretrizes Or�ament�rias. Para tanto, garantiraram protestos de manifestantes nas galerias e na porta do Congresso e obstru��es em plen�rio. Adiou a vota��o, mas n�o conseguiu impedir a aprova��o do texto base na madrugada desta quinta-feira. Na pr�xima ter�a-feira, est� marcada sess�o do Congresso para apreciar o restante do projeto. E os oposi��o promete voltar � carga.
O advers�rio mais ferrenho da presidente, o senador A�cio Neves (PSDB) – que perdeu a elei��o para Dilma-, tem procurado liderrar o movimento de oposi��o no Congresso. No in�cio da tarde dessa quarta-feira (3), em discurso inflamado, A�cio acusou o governo Dilma de colocar “de c�coras” o Congresso Nacional. Ele fez a considera��o, em plen�rio, se referindo � vincula��o feita pelo governo entre a libera��o de recursos das emendas parlamentar e a aprova��o das mudan�as na LDO, que permitir� aumentar o teto da meta fiscal para este ano.
Para A�cio, deputados e senadores n�o estariam vivendo “o constrangimento” de votar projeto de lei alterando o teto da meta fiscal caso a “verdade tivesse vencido as elei��es”. “Mentiu a presidente ou desconhecia a realidade fiscal do pa�s”, afirmou A�cio, lembrando que Dilma afirmou, em evento de campanha na Confedera��o Nacional da Agricultura (CNA), em 6 de agosto, que o governo acreditava ter condi��es de cumprir a meta do super�vit estimado para este ano.