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Estado de Minas

Em Uberl�ndia, partidos pol�ticos s�o acusados de coa��o para obter dinheiro

Servidores p�blicos da Prefeitura de Uberl�ndia teriam sido obrigados a dar 5% do sal�rio a partidos pol�ticos


postado em 09/12/2014 06:00 / atualizado em 09/12/2014 07:45

Delegado Carlos D'Ângelo admite que o crime é de apuração difícil(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Delegado Carlos D'�ngelo admite que o crime � de apura��o dif�cil (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

A Policia Federal (PF) ouviu nessa segunda-feira servidores p�blicos comissionados das secretarias de Desenvolvimento Social e Trabalho e Tr�nsito e Transportes, de Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, que teriam sido coagidos a contribuir financeiramente para os cofres de partidos pol�ticos e tamb�m fazer campanha para candidatos a deputado nas elei��es de outubro. Ao todo j� foram ouvidos cerca de 100 comissionados. 

O delegado-chefe da PF em Uberl�ndia, Carlos Henrique Cotta D’�ngelo, disse que as investiga��es come�aram depois que o Minist�rio P�blico Eleitoral (MPE) recebeu den�ncias de que servidores teriam sido amea�ados de demiss�o caso n�o trabalhassem e contribu�ssem com a campanha de candidatos a deputado. Segundo ele, os funcion�rios eram obrigados a contribuir com 5% do sal�rio, caracterizar (plotar) os carros com adesivos de propaganda, distribuir material de campanha e at� mesmo viajar para pedir votos em outros munic�pios. 

D’�ngelo n�o quis revelar os nomes dos candidatos, alegando sigilo na investiga��o, mas a reportagem apurou que as den�ncias envolvem o atual deputado estadual Tenente L�cio (PSB), que se elegeu para a C�mara dos Deputados, e do ex-secret�rio de Desenvolvimento Social e Trabalho e ex-vereador Murilo Ferreira (PMN), que tentou, mas n�o se elegeu, uma vaga na Assembleia Legislativa. Todos os dois eram filiados ao PDT – uma das legendas investigadas – mas se desfiliaram no ano passado para disputar por outros partidos. De acordo com alguns depoimentos, os dois seriam os “donos” dessas pastas. A reportagem tentou falar com o deputado e com o ex-secret�rio, mas eles n�o responderam aos telefonemas. Ontem, tamb�m foi ouvida Denise Ferreira Portes de Lima, que sucedeu a Murilo Ferreira na pasta de Desenvolvimento Social.

Os servidores foram chamados para depor a partir da quebra de sigilo banc�rio de uma legenda que revelou o nome de todos os doadores do partido. Com essa lista, foi feito um cruzamento para identificar entre os doadores quem era servidor comissionado da prefeitura. “Esse � um crime muito comum, mas de dif�cil apura��o, pois ningu�m quer denunciar com medo de perder o emprego e por isso come�amos investigando as doa��es”, constata o delegado da PF. Com o cruzamento desses dados foram identificados dep�sitos que oscilavam entre R$ 50 e R$ 300 de servidores comissionados nas contas de um dos partidos e foi elaborada uma lista com cerca de 100 nomes.

ILICITUDE Muitos servidores admitiram ser obrigados a fazer essa doa��o e tamb�m trabalhar para as campanhas. Uma pessoa imprimia um boleto banc�rio e o entregava logo ap�s o pagamento do sal�rio para que os comissionados fizessem o pagamento. O procurador da prefeitura Lu�s Ant�nio Lira Pontes disse que aguarda a conclus�o do inqu�rito para tomar provid�ncias caso seja confirmada alguma ilicitude. “N�o haver� omiss�o”, disse.


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