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Estado de Minas

Crise na Petrobras abala segundo mandato de Dilma

L�deres petistas temem que den�ncias envolvendo Gra�a Foster comprometam o segundo mandato de Dilma e cobram faxina no comando da empresa no bojo da reforma ministerial


postado em 14/12/2014 06:00 / atualizado em 14/12/2014 10:45

Bras�lia – A manuten��o da presidente da Petrobras, Maria das Gra�as Foster, e da atual diretoria da Petrobras pode deslegitimar o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff e faz�-la queimar um capital pol�tico que ela n�o tem. Esse foi o recado dado por lideran�as petistas na noite de sexta-feira ao chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e ao ministro da Secretaria de Rela��es Institucionais, Ricardo Berzoini, em Bras�lia. A avalia��o � endossada pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.


“O recado j� foi dado � presidente. Ela tem de tomar uma decis�o sob pena de

trazer, para si, uma crise que at� o momento atrapalhava o governo mas tangenciava o gabinete presidencial”, disse um aliado. Dilma, que comemora hoje, em Porto Alegre, 67 anos, foi avisada de que a base governista est� “se debatendo no Congresso para imputar � oposi��o a pecha de querer deslegitimar uma vit�ria nas urnas”. E que, por isso, n�o pode dar combust�vel para os oposicionistas aumentarem a fogueira na qual o governo arde h� tempos.

A demora para um desfecho da situa��o, na opini�o de petistas, � que todos sabem – inclusive a presidente – que n�o basta uma simples troca de nomes na diretoria. “A empresa precisa passar por um processo de refunda��o interno e externo, pois est� com a imagem completamente destru�da perante os investidores”, declarou um petista. A presidente esbarraria ainda na d�vida sobre quem colocar caso Gra�a Foster seja de fato destitu�da.

Segundo a Globonews, na �ltima quarta-feira – dois dias antes, portanto, da reportagem do jornal Valor Econ�mico com as acusa��es feitas pela ex-gerente executiva Venina Velosa da Fonseca –, Gra�a Foster conversou com a presidente e colocou o cargo � disposi��o, mas Dilma teria dito que n�o havia nada contra a executiva e amiga pessoal. Mas as den�ncias feitas por Venina mudam a crise de patamar, na opini�o de petistas, porque, pela primeira vez, as acusa��es partem de algu�m que est� “limpo” no processo, e n�o de pessoas que participavam do esquema de pagamento de propina a partidos pol�ticos e resolveram contar o que sabiam em busca do benef�cio da dela��o premiada.

Uma sa�da seria a presidente aproveitar o bojo da reforma ministerial que deve ser realizada ao longo da semana para substituir a atual diretoria da Petrobras. “Ela � a presidente, pode fazer o que quiser. Governo novo, ideias novas, equipe nova”, defendeu o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP).

Aniversariante de hoje, Dilma viveu nos �ltimos 30 dias um verdadeiro inferno astral (veja abaixo). O per�odo, que culminou com a den�ncia de Venina, come�ou com a s�tima fase da Opera��o Lava-Jato, em 14 de novembro, com a pris�o do ex-diretor de servi�os da Petrobras Renato Duque e de executivos de empreiteiras envolvidas no esquema. No ano passado, o inferno astral da presidente n�o foi diferente. Ele come�ou com a decis�o do Supremo Tribunal Federal de expedir os primeiros 12 mandados de pris�o dos mensaleiros.

A presidente resolveu comemorar a data em Porto Alegre, para onde viajou na sexta-feira, longe dos problemas e ao lado da filha Paula, do neto Gabriel e do ex-marido, Carlos Ara�jo. Embora o per�odo conhecido como inferno astral se encerre no dia do anivers�rio, no caso da presidente pode ser que a cren�a popular n�o se confirme. Al�m de a opera��o da PF se aproximar da fase de investiga��o de pol�ticos, o que deve atingir o PT, ela ainda volta a Bras�lia com a miss�o de acabar de montar o quebra-cabe�a da reforma ministerial.

Inferno astral de Dilma

No �ltimo m�s, a presidente recebeu praticamente uma m� not�cia por dia. Confira os principais eventos que abalaram o humor da petista nesse per�odo:

14/11  O ex-diretor de servi�os da Petrobras Renato Duque e chefes de empreiteiras s�o presos. No mesmo dia, Julio Camargo, da Toyo Setal, disse que os pagamentos eram feitos na conta de uma empresa de Duque. Na �poca, aliados pediram a sa�da de Gra�a Foster.

17/11  O Banco Central tentou controlar, mas o d�lar bateu R$ 2,60.

19/11  Advogado do lobista Fernando Baiano, M�rio Oliveira Filho diz que n�o se p�e um paralelep�pedo no Brasil sem fazer acerto. A oposi��o acusa Foster de mentir na CPI.

20/11  Presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco recusa convite para Fazenda e a oposi��o pede afastamento de Gra�a Foster.

22/11  Uma revista publica que o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa avisou � presidente, ent�o ministra da Casa Civil, em 2009, por e-mail, sobre duas obras que teriam sido usadas como fonte para desvio de recursos e pagamento de propina.

24/11  Petrobras admite que � alvo de investiga��o nos EUA.

28/11  Ministro da Agricultura, Neri Geller � citado, em depoimentos colhidos pela Pol�cia Federal, em suposto esquema de fraude com terras da reforma agr�ria.

3/12  O empres�rio Augusto Ribeiro de Mendon�a Neto e o executivo do grupo Toyo Setal, Julio Camargo, afirmaram ter pago suborno em obras da Petrobras e que parte do dinheiro foi repassada em doa��o eleitoral ao PT.

5/12  PIB � revisado e previs�o de crescimento passa de 2% para 0,8% em 2015.

8/12  T�cnicos do Tribunal Superior Eleitoral recomendaram a rejei��o de contas da campanha de Dilma.

12/12  D�lar fecha em R$ 2,67. Maior valor desde 2005.

13/12  Jornal publica que a ex-gerente-executiva da �rea de Abastecimento da Petrobras, Venina Velosa da Fonseca, alertou a atual dire��o da estatal sobre ilegalidades em contratos da empresa.


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