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Estado de Minas

Os desacertos da reforma ministerial de Dilma

Dilma segue sem conseguir acertar o compasso com o principal aliado na coaliz�o governista


postado em 15/12/2014 06:00 / atualizado em 15/12/2014 07:55

As tr�s principais legendas citadas como benefici�rias do esquema de corrup��o na Petrobras desvendado na Opera��o Lava-Jato t�m tamb�m a situa��o indefinida na reforma ministerial. Se a presidente Dilma Rousseff, que celebrou nesse domingo 67 anos em um almo�o em fam�lia em Porto Alegre, precisar� decidir se demitir� ou n�o a atual diretoria da Petrobras, ainda ter� como miss�o montar o quebra-cabe�a do espa�o do PMDB na Esplanada, responder ao PP se ele continuar� ou n�o com o Minist�rio das Cidades e acalmar o PT, que declarou fidelidade � presidente, mas reclama pelos cantos a posse de pastas mais estrat�gicas e ainda monta, com o aux�lio do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, quase um gabinete paralelo.


Dilma segue sem conseguir acertar o compasso com o principal aliado na coaliz�o governista. Existe a expectativa, ainda n�o confirmada, de que ela se re�na hoje com o vice-presidente Michel Temer para tentar organizar a bagun�a, algo que ainda n�o ocorreu. Ela j� conversou na semana passada com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tentar definir aos menos as tr�s indica��es do Senado. N�o conseguiu.

O PMDB ter� um minist�rio a mais do que os cinco que ocupa atualmente. Mas Dilma jamais deixou claro, nem mesmo para Renan, qual seria a pasta agregada ao portf�lio peemedebista. Especula-se que seja a Secretaria dos Portos, comandada hoje por C�sar Borges. Mas ainda � apenas uma especula��o. Com isso, o xadrez segue emperrado. Na pr�tica, confirmados est�o apenas a senadora K�tia Abreu (PMDB-TO), que toma posse hoje na Confedera��o Nacional da Agricultura (CNA) – de onde pedir� licen�a para assumir o Minist�rio da Agricultura –, e Moreira Franco, que permanecer� na Secretaria de Avia��o Civil. Todo o resto segue em aberto.

Eliseu Padilha, que n�o foi reeleito para a C�mara, mas preside a Funda��o Ulysses Guimar�es, est� com a indica��o bem encaminhada. Mesmo assim, � um malabarismo de Temer, j� que Padilha � pr�ximo a ele e alguns integrantes da bancada defendiam que a cota da C�mara deveria ser ocupada apenas por deputados eleitos. “Padilha � bem articulado, quando foi ministro dos Transportes de Fernando Henrique Cardoso mostrou que atende bem os deputados e tem experi�ncia pol�tica”, disse um aliado do vice-presidente.

A terceira vaga � destinada ao presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que estar� ao relento a partir de 1º de fevereiro, j� que foi derrotado na disputa pelo governo potiguar. Nesse caso, n�o h� problemas em se obter o apoio dos deputados. H� resist�ncias, sim, do pr�prio Henrique, cotado para o Minist�rio da Previd�ncia – que ficar� vago com a sa�da do senador Garibaldi Alves. Henrique n�o quer assumir uma pasta com pouca visibilidade pol�tica. Prefere a Integra��o Nacional, mas esta parece estar reservada ao cl� Cid e Ciro Gomes, que mant�m na pasta o pupilo Francisco Teixeira.

O endere�o muda da C�mara para o Senado, mas o impasse continua. Al�m da confirmada K�tia Abreu, est� praticamente fechada a indica��o de Eduardo Braga, atual l�der do governo no Senado, para o Minist�rio de Minas e Energia.

VISIBILIDADE
O PP, que teria entrado no esquema denunciado pela Opera��o Lava-Jato por interm�dio do falecido deputado Jos� Janene, torce para que Dilma mantenha a legenda no Minist�rio das Cidades, um dos que t�m o or�amento mais robusto na Esplanada – m�dia de R$ 8 bilh�es anuais – e respons�vel por projetos de visibilidade pol�tica e eleitoral, como o Minha Casa, Minha Vida e os projetos de saneamento e mobilidade urbana. “Se levarem em conta a Lava-Jato, t�m partidos bem mais envolvidos que n�s, como o PMDB e o PT. N�o queiram fulanizar o debate e jogar isso na discuss�o da reforma ministerial”, amea�ou um cacique pepista.

Como se n�o bastassem a Petrobras e a reforma ministerial, Dilma ainda precisar� administrar o Congresso. O Planalto conseguiu aprovar com extrema dificuldade as mudan�as nas regras do super�vit prim�rio. Tem ainda, pela frente, a batalha de aprova��o da Lei de Diretrizes Or�ament�rias de 2015. J� est� praticamente definido que o or�amento do primeiro ano do segundo mandato da presidente s� ser� aprovado no ano que vem. E ainda enfrentar� a prov�vel elei��o de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presid�ncia da C�mara em fevereiro do ano que vem.

 


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