
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que os presidentes dos pa�ses que foram o Mercosul devem "trabalhar ativamente" para recuperar a fluidez do com�rcio intrabloco, formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. "Assim conseguiremos retomar a trajet�ria de crescimento ascendente", disse Dilma.
Por 21 minutos, Dilma falou sobre a necessidade de "aprofundar" o Mercosul, as dificuldades colocadas pela crise econ�mica mundial e a expectativa pelo acordo entre o Mercosul e a Uni�o Europeia. Dilma tamb�m citou a decis�o de emplacar todos os ve�culos dos pa�ses com "placas Mercosul", de forma a facilitar a livre circula��o dos habitantes do bloco.
"Podemos nos orgulhar tamb�m da defini��o de temas permanentes, como a agenda dos direitos humanos e, a partir de agora, com a instala��o da reuni�o de autoridades de povos ind�genas", disse Dilma, que hoje recebeu a simb�lica presid�ncia tempor�ria do Mercosul das m�os de Cristina Kirchner, anfitri� da Reuni�o da C�pula na cidade de Paran�, capital da prov�ncia de Entre R�os.
Dilma afirmou que aguarda um movimento de Bruxelas, a capital da Uni�o Europeia, quanto ao acordo de com�rcio entre os europeus e o Mercosul.
A presidente se emocionou e chorou ao elogiar, no fim de seu pronunciamento, o colega Jos� "Pepe" Mujica, presidente do Uruguai. "Aprendemos muito com a experi�ncia e interc�mbio que tivemos com voc� nos �ltimos anos", disse Dilma, com a voz embargada. Mujica conclui seu mandato em mar�o e a reuni�o de hoje do Mercosul � seu �ltimo compromisso multilateral.
Ap�s seu discurso, Dilma voltou seus olhos para o tablet, onde acessa dados da economia mundial. Quando citou o pre�o do petr�leo, Dilma segurou seu tablet. "Hoje, exatamente neste momento, o pre�o do barril do petr�leo oscila entre US$ 54 e US$ 58. Esta � uma realidade", disse Dilma.
Argentina
Dilma reiterou apoio � Argentina em rela��o aos chamados "fundos abutres", que n�o participaram da reestrutura��o da d�vida daquele pa�s e que cobram na Justi�a valor integral dos b�nus.
"N�o podemos aceitar que a a��o de um grupo de especuladores prejudique o bem-estar de pa�s e povos inteiros, colocando sob risco elementos fundamentais, que s�o os acordos soberanos feitos por pa�ses para tratar as rela��es das d�vidas", criticou a presidente em sua fala.