Jo�o Valadares
Bras�lia – A presidente da Petrobras, Maria das Gra�as Foster, informou ontem, durante caf� da manh� com jornalistas na sede da estatal, no Rio de Janeiro, que colocou o cargo � disposi��o da presidente Dilma Rousseff (PT) ap�s den�ncias de corrup��o na petroleira. Ela declarou tamb�m que uma poss�vel demiss�o coletiva de toda a diretoria foi discutida na reuni�o do Conselho de Administra��o. No entanto, salientou que permanece � frente da empresa enquanto Dilma desejar. A situa��o de Gra�a Foster ficou insustent�vel ap�s den�ncia de que ela teria sido alertada, desde 2009, sobre o esquema criminoso na petrol�fera.
No caf� da manh�, Gra�a Foster defendeu ainda um posicionamento do governo em rela��o �s empreiteiras e demais grupos empresariais envolvidos no esc�ndalo. “Empresas com evid�ncias em pr�ticas de corrup��o n�o podem ser contratadas. � preciso que o governo se organize e resolva a situa��o com as empresas, porque o mercado se fecha e elas n�o conseguem se financiar. Sem isso, vamos ter de fazer licita��o internacional toda hora”, alertou.
Ela declarou que a Petrobras decidiu n�o publicar o balan�o na semana passada porque esperava ter acesso ao depoimento do ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco, citado pelos delatores como recebedor de propinas em nome do ex-diretor de Servi�os Renato Duque.
A presidente da estatal avaliou que a Opera��o Lava-Jato � um epis�dio triste, mas que pode ser motivador. “A Petrobras tem uma Lava-Jato nas costas e a gente tem que resolver isso. S� uma coisa me motiva mais do que curva de produ��o. � acabar com esse descr�dito. Essa Lava-Jato me motiva mais do que a curva de produ��o”, atestou.
A presidente da estatal comentou, pela primeira vez, o alerta de irregularidade que teria sido emitido, segundo o jornal Valor Econ�mico, pela ex-funcion�ria da Petrobras Venina Velosa da Fonseca. “Recebi e-mails de 2009 de Venina, no momento em que ela teve uma briga com Paulo Roberto Costa, n�o sei por qu�. O assunto era a comunica��o. Eu falei para o Paulo que eles deveriam conversar”, relatou. Foster disse que as mensagens eram cifradas. “Depois, em 2011, veio um novo e-mail. Ela fala em esquartejamento de projeto. N�o sei o que �. Licita��o ineficiente. Tamb�m n�o sei”, salientou.