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Estado de Minas

Wagner diz que emprestar� 'patrim�nio pol�tico' para 'cicatrizar feridas'

Jacques Wagner foi empossado hoje ministro da Defesa


postado em 02/01/2015 14:31 / atualizado em 02/01/2015 15:08

Jacques Wagner é cotado para ser o ministro forte do segundo mandato de Dilma(foto: Breno Fortes/CB/D.A Press)
Jacques Wagner � cotado para ser o ministro forte do segundo mandato de Dilma (foto: Breno Fortes/CB/D.A Press)

Bras�lia - Cotado para ser um homem forte no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, o novo ministro da Defesa, Jacques Wagner, afirmou nesta sexta-feira, 02, que escolheu comandar a pasta por "op��o" e n�o por convoca��o. Na cerim�nia em que recebeu o cargo do diplomata Celso Amorim, o ex-governador baiano disse que emprestar� seu "patrim�nio pol�tico" no posto a fim de tentar "cicatrizar" cada vez mais as "feridas" entre o poder civil e os militares. Wagner disse que usar� 99,9% do seu tempo para olhar para o futuro e ressaltou n�o ter assumido com "lanterna na m�o" para o passado.

Em seu discurso de transmiss�o de cargo, ap�s participar de uma cerim�nia em que passou em revista as tropas da Marinha, do Ex�rcito e da Aeron�utica, o novo ministro relatou ter dito � presidente Dilma Rousseff que tinha muito "apre�o" em assumir o comando da Defesa. Ele afirmou que o pedido foi "recolhido" por Dilma, embora "muita gente continue n�o entendendo". Ele lembrou ter estudado na inf�ncia em um col�gio militar no Rio de Janeiro e brincou que, s� n�o chegou a uma alta patente nas For�as Armadas porque enveredou para a carreira pol�tica.

"Meu nome viajou por todos os minist�rios: ministro da Fazenda, ministro da Ind�stria e Com�rcio, ministro do Planejamento, ministro da Casa Civil", disse. "Eu acho que patrim�nio pol�tico emprestado ao minist�rio da Defesa com certeza � para que cada vez mais se cicatrize todas as feridas que permanecem", completou ele, destacando estar "muito orgulhoso" de servir ao Pa�s e � presidente Dilma

A posse do novo titular da Defesa foi concorrida. Participaram dela os novos ministros da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Miguel Rossetto, do Desenvolvimento, Armando Monteiro, os mantidos no cargo, Arthur Chioro (Sa�de), Ideli Salvatti (Direitos Humanos), e Jos� Elito (Gabinete de Seguran�a Institucional) e os ex-ministros Miriam Belchior (Planejamento), Alexandre Padilha (Sa�de) e Afonso Florence (Desenvolvimento Agr�rio).

Em entrevista logo ap�s assumir o cargo, Jacques Wagner afirmou que na cabe�a de nenhum militar hoje est� a ideia de que a "ruptura da democracia" possa ajudar no desenvolvimento do Pa�s. "Eu acho que, assim como alguns querem bulir (mexer) nas feridas, vamos dizer assim, esquentando o debate, alguns do passado tamb�m querem esquentar o passado do lado de l�", afirmou ele. "A verdade efetiva sair� exatamente da s�ntese de ideias", avaliou.

O novo ministro citou entre as "feridas" que precisam ser "curadas" o fato de que pessoas que perderam familiares durante a ditadura militar (1964-1985) n�o os encontraram e querem ter o direito de dizer quem foi o culpado pelos desaparecimentos. Mas, em um discurso de consenso, ele insistiu que a conjuntura internacional de 1964 n�o existe mais.

Wagner destacou que as recomenda��es feitas pela Comiss�o Nacional da Verdade v�o ser processadas internamente pelo minist�rio. Ele disse que vai se "empenhar" e que "aquele momento" j� foi ultrapassado. "Estamos a 50 anos do fato e n�o h� porque a gente ficar colocando nenhum tipo de obst�culo ao que a gente tem pela frente para o Brasil. Ent�o elas ser�o processadas. Eu digo que a verdade e a transpar�ncia n�o machucam ningu�m", afirmou.

Questionado sobre uma eventual revis�o da Lei da Anistia, uma das recomenda��es da comiss�o, Wagner n�o quis se comprometer. Disse apenas que est� chegando agora e que vai estudar a quest�o. "Evidentemente essa ser� uma decis�o de governo e n�o uma decis�o do Minist�rio da Defesa", disse. A presidente j� sinalizou ser contra a iniciativa.

No seu discurso de despedida, Celso Amorim disse ter ajudado "com os melhores esfor�os" a Comiss�o da Verdade. Segundo ele, foi dado acesso �s informa��es para que a comiss�o conhecesse, de forma objetiva, os fatos. "Muitos considerar�o insatisfat�rio, por um lado. Outros considerar�o injusto, por outro. Mas o trabalho feito, com a colabora��o sempre leal e correta dos comandos militares, intermediada pelos meus dois chefes de gabinete principalmente, foi um trabalho que mereceu, inclusive, um elogio talvez exagerado e injusto do presidente da comiss�o no dia da entrega do relat�rio", disse.


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