(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Jaques Wagner prega 'parcim�nia' na revis�o dos anos de ditadura


postado em 29/12/2014 18:19 / atualizado em 29/12/2014 18:55


Futuro ministro da Defesa, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), teve como �ltimo ato p�blico antes da transmiss�o do cargo para seu sucessor, Rui Costa (PT), na pr�xima quinta-feira, dia 1º, a solenidade que marcou a entrega do relat�rio parcial da Comiss�o Estadual da Verdade (CEV-BA).

No documento, recebido por Wagner nesta segunda-feira, 29, os participantes da comiss�o defendem a revis�o da Lei de Anistia, para ter acesso aos dados militares, e puni��es a quem tenha praticado crimes contra os direitos humanos, como a tortura. Al�m disso, pedem que o governo estadual crie um projeto de lei de preven��o � tortura e que o curr�culo de escolas p�blicas e institui��es de forma��o militar seja alterado.

"Crimes contra a humanidade n�o prescrevem", defendeu o jornalista Carlos Navarro Filho, integrante da comiss�o encarregado de entregar o relat�rio a Wagner. De acordo com ele, as altera��es na forma��o dos estudantes de escolas p�blicas e institui��es militares tem como objetivo a "reconstru��o da verdade hist�rica".

Prestes a assumir o Minist�rio da Defesa, Wagner reconheceu a import�ncia da investiga��o do grupo, que envolveu, at� agora, entrevistas com 69 v�timas da ditadura no Estado e a coleta de cerca de 700 documentos. Ele tamb�m e prometeu colaborar com a Comiss�o Nacional da Verdade, mas evitou poss�veis controv�rsias sobre o tema e recomendou "cuidado e parcim�nia" na condu��o dos trabalhos.

"Um projeto pol�tico n�o pode conviver com a falta da verdade - e a verdade hist�rica tem de ser reconhecida", argumentou o governador. "Mas essa p�gina n�o tem retorno. O minist�rio da Defesa � um transatl�ntico, que n�o permite cavalo-de-pau. Precipita��o n�o contribui (com o processo)."

Wagner tamb�m defendeu as For�as Armadas, ao dizer que "� preciso falar das pessoas" que cometeram viola��es dos direitos humanos - apesar de n�o ter explicitado defender o fim da anistia - e ao lembrar dos setores da sociedade civil que apoiaram e se beneficiaram da ditadura.

O futuro ministro da Defesa estudou em col�gio militar, no Rio, mas foi perseguido pelo governo militar quando presidia o diret�rio acad�mico do curso de Engenharia Civil da Pontif�cia Universidade Cat�lica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Por isso, foi for�ado a se mudar para a Bahia, onde iniciou a carreira pol�tica, como dirigente sindical do P�lo Petroqu�mico de Cama�ari.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)