
O PSD, quarta maior for�a no Congresso Nacional, que sempre fez parte da base de apoio das gest�es tucanas em Minas Gerais, mas que nacionalmente integra o governo Dilma Rousseff, pode aderir ao governo do Fernando Pimentel (PT). A press�o � enorme para que o partido n�o fique na oposi��o, mas ela enfrenta algumas resist�ncias. A principal delas vem do deputado estadual Duarte Bechir (PSD), que foi vice-l�der de governo na administra��o anterior. Caso o PSD passe mesmo para a situa��o, o parlamentar pode deixar o partido, com o aval da dire��o estadual, o que garante o n�o ajuizamento de a��es para a perda do mandato por infidelidade partid�ria. Um dos parlamentares do partido, F�bio Cherem, j� apoiava Pimentel desde a campanha eleitoral. A tend�ncia � que essa posi��o seja seguida pelo deputado Wilson Batista e at� mesmo por C�sssio Soares, que foi secret�rio de Desenvolvimento Social no governo Alberto Pinto Coelho (PP) e de seu antecessor Antonio Anastasia (PSDB), eleito senador. Os dois n�o foram localizados para comentar o assunto.
M�s passado, os deputados estaduais se reuniram com Fernando Pimentel e o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab (SP), nomeado ministro das Cidades pela presidente Dilma Rousseff . Os deputados foram levados ao encontro por Kassab, que esteve em Belo Horizonte para visita de cortesia ao ent�o futuro governador. Nacionalmente, o partido defende o atrelamento ao governo Pimentel.
Na semana que vem, a legenda se re�ne para bater o martelo. A decis�o vai ser tomada pela bancada estadual, formada por quatro deputados, segundo informou o presidente do partido em Minas, deputado federal Alexandre Silveira. Ele garante que n�o h� nenhum tipo de amea�a de puni��o para quem n�o aderir ao governo Pimentel. O deputado, que � suplente Anastasia , disse que n�o tem posi��o pessoal formada sobre o assunto e que delegou a decis�o � bancada do partido. Segundo ele, independentemente da posi��o tomada, “a legenda n�o pode ser contra os mineiros e os brasileiros que escolheram nas urnas seus representantes”.
Bechir defende que o partido fique na oposi��o, mas, segundo ele, a decis�o final ainda n�o est� amadurecida, pois h� diverg�ncia dentro da legenda. “Estamos conversando internamente”. Ele disse que recentemente se encontrou com Anastasia que, de acordo com ele, defendeu que o bloco governista que sustentou sua gest�o permane�a unido. “Mas sem uma oposi��o radical ao Pimentel, como o PT sempre fez com a gente”, ressaltou. Segundo o deputado, na mesma posi��o que o PSD est�o outras legendas que tamb�m faziam parte da base de apoio do governo A�cio Neves e de seus sucessores, Anastasia e Alberto Pinto Coelho. “Ainda � precipitado dizer que o partido vai fazer parte do governo. Estamos discutindo”.