Documenta��o sugere a��o de estrangeiros no esquema de corrup��o na Petrobras

Documentos banc�rios colhidos nos �ltimos seis meses pelo Minist�rio Publico da Su��a com institui��es financeiras como o UBS apontam que o esquema de corrup��o da Petrobras n�o envolveu apenas brasileiros, mas tamb�m contou com estrangeiros que atuaram como intermedi�rios e operadores nos pagamentos e transfer�ncias de recursos.

A suspeita � de que esses estrangeiros tamb�m est�o envolvidos nos pagamentos que podem ter sa�do da empreiteira Odebrecht e que o esquema utilizado para as transfer�ncias foi ainda mais amplo.

A Odebrecht nega ter pago propina. "Todos (os contratos com a Petrobras foram) conquistados de acordo com a lei de licita��es p�blicas. A empresa reitera que est�, como sempre esteve, � disposi��o das autoridades para qualquer esclarecimento", afirmou em nota oficial.

Nesta semana, uma equipe de oito pessoas da for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato iniciou um exame detalhado dos extratos banc�rios relacionados com cinco contas em institui��es su��as em nome do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Jamais na hist�ria da coopera��o entre Brasil e Su��a uma delega��o dessas dimens�es desembarcou no pa�s alpino.

Nesta ter�a-feira, 20, o grupo ficou oito horas reunido com procuradores su��os para come�ar a montar o quebra-cabe�a do que teria sido a opera��o de pagamento de propinas. Os documentos est�o apontando para novos nomes, at� agora n�o conhecidos no esquema, al�m de uma s�rie de pagamentos que, camuflados por intermedi�rios, poderiam vir da Odebrecht.

Nenhum detalhe desse esquema, por�m, tem sido revelado por enquanto. Mas os ind�cios mostram que o esquema n�o apenas depositou dinheiro em bancos, como o UBS, mas contou com c�mplices no exterior.

Pelo menos um desses estrangeiros est� sendo indiciado pelos su��os por lavagem de dinheiro. Os investigadores suspeitam de que essa foi uma forma usada para tentar camuflar a origem e o destino dos recursos.

Sigilo

O MP su��o confirma que est� investigando contas relacionadas com a Petrobr�s. Mas, por envolver ainda pessoas no exterior, o processo est� sendo mantido em total sigilo. Ontem, a assessoria de imprensa do Minist�rio P�blico em Lausanne se recusava at� mesmo a confirmar a exist�ncia de uma delega��o brasileira no pa�s.

Os procuradores brasileiros tiveram de assinar termos de compromisso indicando que, por enquanto, n�o revelariam nomes de envolvidos para n�o prejudicar o processo que ocorre na Su��a.