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Estado de Minas

Lava-Jato vira fogo cruzado entre investigados

Principais envolvidos na opera��o adotam estrat�gias distintas, mas concentram parte dos ataques no governo petista e na base aliada ao Planalto. Cerver� deve depor amanh�


postado em 25/01/2015 06:00 / atualizado em 25/01/2015 07:44

Ex-chefe da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró deve usar a estratégia de empurrar a responsabilidade(foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil )
Ex-chefe da �rea Internacional da Petrobras, Nestor Cerver� deve usar a estrat�gia de empurrar a responsabilidade (foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil )
Quase um ano depois de ser deflagrada, a Opera��o Lava-Jato se tornou um campo de fogo cruzado entre os principais investigados. Em comum, as defesas de ex-diretores da Petrobras e de executivos concentram parte dos ataques no governo federal e na base aliada. A estrat�gia � empurrar a responsabilidade pelo comando do esquema aos partidos que apoiam o Pal�cio do Planalto. O ex-diretor da �rea Internacional da petrol�fera Nestor Cerver� vai usar seu depoimento � Pol�cia Federal amanh� para refor�ar a tese.

De acordo com o advogado Edson Ribeiro, defensor de Cerver�, ele “ser� contundente” ao responsabilizar o Conselho de Administra��o da Petrobras pela compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006, que resultou em um preju�zo de US$ 792 milh�es � empresa, de acordo com o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU). Segundo a presidente Dilma Rousseff, ela se baseou em um “parecer falho” feito por Cerver� ao votar pela aprova��o do neg�cio, quando comandava o Conselho de Administra��o da Petrobras.

Enquanto atacou a petista, Cerver� tamb�m se tornou alvo de mais den�ncias. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores do esquema de pagamento de propina em troca de contratos com a petrol�fera, disse que Cerver� pode ter recebido entre US$ 20 milh�es e US$ 30 milh�es de propina no processo de compra de Pasadena. Costa admitiu ter recebido US$ 1,5 milh�o para “n�o atrapalhar” o neg�cio. O trecho do depoimento dele � PF foi revelado pelo juiz S�rgio Moro para justificar nova pris�o preventiva a Cerver� na quinta-feira.

Um dia antes, na quarta-feira, foi a vez de o executivo Gerson Almada, da construtora Engevix, disparar contra o governo. Preso desde novembro do ano passado por suposta participa��o no esquema, ele relacionou, por meio de peti��o protocolada por sua defesa, o esquema de corrup��o na Petrobras com um pagamento a partidos aliados an�logo ao ocorrido no mensal�o, descoberto em 2005. O documento nega ainda que tenha havido cartel entre as empresas.

PRESS�O “O pragmatismo nas rela��es pol�ticas chegou, no entanto, a tal dimens�o que o apoio no Congresso Nacional passou a depender da distribui��o de recursos a parlamentares”, registra um trecho da peti��o. O texto diz ainda que Paulo Roberto Costa e os demais integrantes do esquema coagiram as empreiteiras, amea�ando-as. “O que ele fazia era amea�ar, um a um, os empres�rios com o poder econ�mico da Petrobras. Prometia causar preju�zos no curso de contratos”, diz outro trecho.

O Pal�cio do Planalto evitou comentar ataques espec�ficos na semana passada. Coube ao ministro-chefe da Secretaria de Rela��es Institucionais, Pepe Vargas, repetir a linha de defesa da presidente Dilma e da base. Na ter�a-feira, ele disse, mais uma vez, que n�o � necess�ria a cria��o de outra CPI da Petrobras no Congresso.


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