Bras�lia - O Minist�rio P�blico Federal ofereceu nessa segunda-feira, 23, den�ncia contra o ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerver�, Fernando Soares e Oscar Algorta, os investigados na Opera��o Lava-Jato, pelos crimes de forma��o de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Parte dos valores recebidos por Cerver� como propina foi remetida para o exterior, para offshore na Su��a e no Uruguai. A Opera��o Lava-Jato apurou que parte dos valores voltou ao Brasil em simula��o de investimentos na empresa Jolmey do Brasil Administradora de Bens Ltda, uma filial da uruguaia Jolmey S/A. A den�ncia do MPF aponta que as duas empresas eram de Cerver�, apesar de registradas em nome de terceiros.
Algorta era o presidente do Conselho de Administra��o da Jolmey S/A e, segundo o MPF, o "mentor intelectual" da opera��o que beneficiou o ex-diretor da Petrobras.
O apartamento no bairro de Ipanema, no Rio, foi adquirido pela Jolmey do Brasil por R$ 1,532 milh�o e depois reformado com R$ 700 mil. O im�vel est� avaliado atualmente em R$ 7,5 milh�es. Segundo o MPF, desde o in�cio o apartamento pertencia a Cerver�. Depois da reforma, a propriedade foi alugada ao ex-presidente da estatal por R$ 3.650, valor abaixo do de mercado.
O MPF pede, entre outras coisas, que a empresa perca o apartamento e solicita os valores das contas correntes da empresa. Tamb�m � pedido o pagamento de repara��o dos danos causados no valor de R$ 7,5 milh�es. A den�ncia foi oferecida � Justi�a Federal do Paran�.