Bras�lia - A presen�a do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, no jantar realizado nessa ter�a-feira entre integrantes da equipe econ�mica do governo e a c�pula do PMDB serviu de brecha para os peemedebistas externarem as queixas sobre a rela��o pol�tica com o Pal�cio do Planalto.
A participa��o de Mercadante foi comunicada apenas quando todos os lugares � mesa do jantar j� estavam marcados. A presen�a dele abriu espa�o, ent�o, para que a discuss�o tamb�m se encaminhasse para o campo pol�tico. Coube ao grupo do Senado abrir a rodada de cr�ticas da rela��o com o governo.
Os senadores Romero Juc�, o l�der do PMDB, Eun�cio Oliveira, e o presidente da Casa, Renan Calheiros, se queixaram, um ap�s o outro, de o partido ser procurado pelo Pal�cio do Planalto apenas em momentos de inc�ndio como agora na discuss�o da vota��o das duas Medidas Provis�rias em que constam o pacote fiscal.
Segundo relatos de alguns peemedebistas presentes, por parte da C�mara, o l�der do PMDB, Leonardo Picciani, ressaltou o ambiente adverso ao governo dentro da Casa e refor�ou que o atual modelo de parceria adotado pelo governo est� esgotado. Tamb�m sobraram cr�ticas para o fato de nenhum peemedebista fazer parte do chamado n�cleo duro do governo, integrado apenas por petistas. Esse fato j� foi externado por Eun�cio Oliveira, que v� neste impasse um 'dificultador' para indicar um nome para assumir o posto de l�der do governo no Senado. Por ter a maior bancada da Casa, cabe, em tese, aos peemedebistas definir o indicado.
Como resposta, Mercadante disse, segundo alguns dos presentes no jantar, que um encontro com a presidente Dilma Rousseff dever� ser agendado nos pr�ximos dias com a participa��o da c�pula do PMDB. Apesar da saia justa no campo pol�tico, os relatos s�o de que, para a maioria dos integrantes da c�pula do partido, ficou clara a necessidade de se apoiar as medidas de ajustes enviadas para vota��o no Congresso. Entre os apoiadores estaria at� o desafeto de Dilma, o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).