
O ministro Lu�s In�cio Adams, da Advocacia Geral da Uni�o (AGU), disse que as discuss�es sobre um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff n�o t�m "base nenhuma". "Isso, inclusive, � reconhecido pelos pr�prios partidos de oposi��o", destacou. Questionado sobre movimentos que est�o se organizando pelas redes sociais, para defender essa bandeira, no pr�ximo dia 15, disse que reivindica��es fazem parte de uma democracia, mas que n�o acredita que isso ir� prosperar. "Foi uma grita isolada que se estabeleceu, pontual, em alguns lugares. Acredito que isso est� superado."
Segundo ele, � evidente que o Pa�s vive momentos de desafios, sobretudo no campo econ�mico, mas destaca que o governo vem empreendendo os esfor�os necess�rios para recompor politicamente uma agenda que permita ao Brasil crescer, "mesmo com medidas duras iniciais, mas necess�rias para permitir que o processo subsequente volte � linha do crescimento". Adams avalia que o processo que investiga a corrup��o na Petrobras deixar� o Pa�s mais maduro. "O que n�s queremos � mudar as pr�ticas no relacionamento com o Estado, portanto � um esfor�o n�o s� para agora, mas para o futuro. E o esfor�o se d� em duas perspectivas: da efetividade da pena dos criminosos e tamb�m pela demonstra��o efetiva das empresas que est�o, de alguma forma, relacionadas com o caso, de que ir�o mudar (suas pr�ticas)."
TJ-SP
Lu�s In�cio Adams esteve reunido com o presidente do Tribunal de Justi�a de S�o Paulo, Jos� Renato Nalini, na tarde dessa ter�a-feira, 3, para falar de projetos que est�o no �mbito do Congresso Nacional e que na sua avalia��o s�o importantes para a justi�a brasileira, como o das execu��es fiscais (cr�ditos tribut�rios). "Esses projetos est�o na C�mara, falei com Cunha (presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha), e ele j� constituiu uma comiss�o especial para dar tratamento preferencial a esses projetos, por isso, convidei o Nalini para participar, junto com a AGU, a OAB e com �rg�os da Justi�a Federal, desse movimento para conseguir a aprova��o desses projetos."
O ministro da AGU disse que dos cerca de 20 milh�es de processos que tramitam hoje na justi�a estadual de S�o Paulo, 12 milh�es s�o de execu��es fiscais. "Uma lei que d� tratamento mais eficiente e racional a esse tipo de processamento, como a que est� no Congresso Nacional, representaria uma redu��o substancial, algo em torno de at� 10 milh�es de processos que poderiam ser encerrados a partir dessa racionaliza��o."
Adams disse ainda que a ideia � fazer uma visita aos presidentes da C�mara e Senado, e �s comiss�es que tratam do assunto para mostrar como os tribunais ser�o beneficiados. "� uma agenda positiva, com isso, a Justi�a poder� dar mais aten��o a quem precisa dela."