Bras�lia - Deputado federal e ex-prefeito de S�o Paulo que integra a lista de procurados da Interpol, condenado por improbidade administrativa e acusado de lavagem de dinheiro, Paulo Maluf afirma que o fato de sua legenda, o Partido Progressista, ser a que tem o maior n�mero de pol�ticos sob suspeita de envolvimento com o esquema de corrup��o da Petrobras n�o mancha a imagem da sigla e muito menos a dele. "Est� provado e comprovado que nesta opera��o n�o tenho nada. Sou um homem correto", disse Maluf.
A lista de pessoas a serem investigadas que foi divulgada pelo Supremo Tribunal Federal na sexta-feira passada traz 30 integrantes do PP. Constam 18 dos 40 deputados da bancada pepista na C�mara (45%) e tr�s dos cinco senadores do partido (60%), al�m de ex-parlamentares e um vice-governador.
"O partido n�o sai machucado porque tem um, dois, tr�s ou cinco membros que eventualmente cometam um il�cito. Seria como voc� condenar todos os engenheiros porque a esta��o de metr� do Serra caiu", disse em alus�o ao acidente na obra da linha amarela do metr� paulistano ocorrido em 2007, quando o hoje senador Jos� Serra (PSDB-SP) era governador de S�o Paulo.
"A imagem do partido continua �tima porque precisa provar que os 30 s�o culpados. O partido � uma pessoa jur�dica. Voc� n�o pode generalizar. O partido como partido continua o melhor partido do mundo. Tanto que estou nele h� 48 anos", disse Maluf.
Comando
Na lista de investigados est�o o presidente do partido, o senador Ciro Nogueira (PI), e o l�der da legenda na C�mara, Eduardo da Fonte (PE). Maluf defendeu o afastamento de Nogueira da presid�ncia. "Quem fez tem que pagar. Acho que quem perdeu as condi��es morais de ser presidente do partido � o Ciro Nogueira. Ele tem que se licenciar", disse.
Questionado se recomendaria o mesmo para os presidentes da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tamb�m alvos de investiga��o, Maluf foi mais ameno. "Enquanto investiga��o, n�o tem necessidade. Mas, se for aberto processo e provada a culpa, a� teriam que se licenciar", afirmou.
Diante da aparente contradi��o, Maluf se explicou. "No nosso caso, como tem 30 deputados, tem o presidente do partido e tem senadores, acho que o presidente do partido, no m�nimo, perdeu as condi��es de, em abril, pleitear sua recondu��o como presidente", afirmou. Maluf nega a pr�tica de qualquer crime.