Bras�lia - Um dia depois de o governo ter cedido e aceitado dar um reajuste escalonado para o Imposto de Renda, o Congresso Nacional manteve o veto da presidente Dilma Rousseff � corre��o cheia da tabela defendida pela oposi��o. O plano inicial era que os deputados e senadores aprovassem ainda hoje o Or�amento da Uni�o para 2015, mas a oposi��o amea�ou obstruir a sess�o e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), passou a an�lise da mat�ria para a pr�xima ter�a-feira (17).
A manuten��o do veto na noite desta quarta-feira, 11, s� foi poss�vel gra�as a um acordo capitaneado pela c�pula do PMDB no Congresso. Renan encampou um texto pelo qual o reajuste variar� entre 4,5% e 6,5%, de acordo com os ganhos do trabalhador: corre��o de 6,5% para faixa dos isentos (at� R$ 1.903,98) e para os que t�m renda at� R$ 2.840,06; de 6% para rendimento at� R$ 3.751,06; de 5% at� R$ 4.664,68 e de 4,5% para ganhos mensais acima de R$ 4.664,68.
O custo para os cofres p�blicos deve ser menor, de cerca de R$ 6 bilh�es, segundo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que foi duas vezes ao Congresso ontem para negociar os termos do acordo. Para avaliz�-lo, foi editada hoje uma Medida Provis�ria com os valores do reajuste escalonado.
Na sess�o desta tarde, 239 deputados votaram pela anula��o do veto de Dilma � corre��o do IR, resultado que n�o atingiu o m�nimo necess�rio. Para a derrubada, o placar deveria ser de pelo menos 257 votos.
A reuni�o foi marcada por troca de cr�ticas de parlamentares da base e da oposi��o. Para os oposicionistas, a proposta governista penaliza a classe m�dia e n�o rep�e as perdas da infla��o. "Como a presidente Dilma edita uma MP para retirar poder do Parlamento brasileiro? A quem cabe decidir sobre uma proposi��o legislativa? Fica aqui a minha repulsa", declarou o l�der do DEM na C�mara, deputado Mendon�a Filho (PE). "Garantimos uma MP que de forma escalonada beneficia quem ganha menos. Com isso podemos votar pela manuten��o dos vetos e o governo retoma o di�logo t�o importante com o Parlamento", rebateu o l�der do PT no Senado, Humberto Costa (PE).