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Estado de Minas

Dilma diz que corrup��o � uma "senhora bastante idosa"

A presidente conversou com jornalistas logo ap�s assinar a san��o do novo c�digo de processo civil


postado em 16/03/2015 19:37 / atualizado em 16/03/2015 19:57

(foto: José Cruz/Agência Brasil )
(foto: Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil )

Em resposta ao presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a presidente Dilma Rousseff disse na tarde desta segunda-feira, 16, que a corrup��o � "uma senhora bastante idosa" no Brasil e que n�o existe "qualquer segmento" que esteja acima de qualquer suspeita.

Em coletiva de imprensa na sede da Fiesp, em S�o Paulo, Cunha disse que "a corrup��o no Brasil n�o est� no Poder Legislativo, est� no poder Executivo". Em tom de cr�tica, Cunha comentou que n�o acusava o governo de coniv�ncia com a corrup��o, mas por problemas de governan�a.

O peemedebista est� sendo investigado perante o Supremo Tribunal Federal (STF) por conta de suposto envolvimento em um esquema de corrup��o na Petrobras, deflagrado pela Opera��o Lava Jato.

"Essa discuss�o n�o leva a nada. A corrup��o n�o nasceu hoje, ela n�o s� � uma senhora bastante idosa neste Pa�s, como ela n�o poupa ningu�m, ela pode estar em tudo quanto � �rea, inclusive no setor privado", rebateu Dilma, em entrevista no Planalto depois de participar de solenidade de san��o do novo C�digo de Processo Civil.

"Agora n�o vamos achar que tem qualquer que seja, qualquer segmento acima de qualquer suspeita. Isso n�o existe."

Poder corruptor

Ao falar que o dinheiro tem "esse poder corruptor", Dilma destacou a crise financeira econ�mica mundial nos anos de 2008 e 2009, marcada por den�ncias de fraude banc�ria. "N�s temos de ter vigil�ncia, institui��es, legisla��o pra impedir que ocorra", ressaltou a presidente.

"O combate � corrup��o come�a tamb�m atrav�s de um processo educacional. O fato de voc� n�o querer ganhar vantagem em tudo, de voc� valorizar o trabalho, valorizar a pessoa que conquistou as coisas com seu pr�prio valor", observou.

PMDB

Depois de o Pal�cio do Planalto patrocinar nos bastidores a investidura do ministro Gilberto Kassab na cria��o de um novo partido, em um esfor�o para tornar o governo menos dependente do PMDB, a presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que n�o tem a inten��o de isolar a sigla comandada pelo vice-presidente Michel Temer.

"Quanto � quest�o de isolar o PMDB, longe de n�s querer isolar o PMDB. Pelo contr�rio, o vice-presidente na minha chapa � o companheiro Michel Temer, extremamente solid�rio. N�s temos uma parceria com o PMDB, o PMDB integra o governo, participa do governo", disse Dilma, em coletiva de imprensa depois de participar de solenidade de san��o do novo C�digo de Processo Civil, no Pal�cio do Planalto.

O PMDB reivindica mais espa�o na Esplanada dos Minist�rios, al�m de querer ser mais consultado pelo Pal�cio do Planalto na articula��o de aprova��o de mat�rias de interesse do governo. Na manh� desta segunda-feira, Dilma participou de reuni�o de coordena��o com o vice-presidente Michel Temer e dez ministros.

"Ningu�m aqui pode achar que as institui��es pol�ticas do Pa�s est�o � altura das necessidades do Pa�s. N�o est�o. E a� vale para todos os partidos, sem exce��o. Estou falando de governabilidade, da forma pela qual se relaciona um partido na presid�ncia da Rep�blica com outros partidos", ressaltou a presidente.

"Em qualquer democracia, o di�logo � essencial. Se voc� instabiliza um pa�s sempre que lhe interessa, uma hora essa instabilidade passa a ser algo que amea�a a todos, � a pior situa��o que tem. Estamos numa fase democr�tica que a gente tem de buscar o consenso m�nimo, ningu�m tem de concordar em tudo, n�o. Eu acho que � da democracia n�o haver concord�ncia e unanimidade", comentou Dilma.

Congresso

Mesmo diante das dificuldades para manter vetos e aprovar mat�rias de interesse do governo, a presidente disse que o Congresso Nacional "n�o tem sido adverso" na rela��o com o Pal�cio do Planalto.

"Muito se fala, 'Ah, n�o v�o aprovar no Congresso'. O Congresso n�o tem sido adverso no meu governo, sempre que (o assunto) foi explicado, sempre que foi debatido antes, o Congresso foi bastante sens�vel, tem sido sens�vel", comentou Dilma a jornalistas, depois de participar de solenidade no Pal�cio do Planalto de san��o do novo C�digo de Processo Civil.

Humildade

Ao ser questionada sobre a humildade do Pal�cio do Planalto e a sua real abertura para o di�logo, Dilma disse que existe "uma certa vol�pia da imprensa em querer uma situa��o confessional".

"N�o tem na minha postura nenhuma situa��o confessional. Atitude de humildade � o seguinte: voc� s� pode abrir di�logo com quem quer abrir di�logo. Agora eu procurarei ter di�logo com quem seja quem for, � uma atitude de abertura, agora eu n�o estou aqui fazendo nenhuma confiss�o, isso aqui n�o � um palco de confiss�es", comentou.

"Se algu�m achar que eu n�o fui humilde em algum di�logo, me diz qual, e eu tomo uma provid�ncia para mudar. Agora, uma conversa geral, 'Voc� n�o foi humilde', me diz onde, e a� tudo bem, quem sabe eu n�o fui mesmo. Caso contr�rio seria um absoluto fingimento da minha parte. Abertura pro di�logo � o seguinte: estamos dispostos a dialogar com quem quer seja, numa atitude de humildade, querendo escutar o que a pessoa diz", garantiu a presidente.

Manifesta��es

A presidente afirmou que os protestos representam uma "inequ�voca demonstra��o de que o Brasil de agora � um Pa�s democr�tico". Ela disse que na democracia se respeitam as urnas e que seu governo sempre ouvir� as ruas, "leg�timos espa�os de manifesta��o popular, pac�fica e sem viol�ncia". "Diante do convite da ruptura da normalidade pol�tica", o Brasil escolheu o caminho da democracia e "do respeito de todos os princ�pios constitucionais", destacou a petista, durante cerim�nia de san��o do novo C�digo do Processo Civil, no Pal�cio do Planalto. "� com democracia que se vencer� o �dio".

"Um Pa�s que, amparado na separa��o dos poderes e na democracia representativa e na livre manifesta��o popular - nas ruas e nas urnas - se torna cada vez mais imperme�vel ao preconceito, � intoler�ncia, � viol�ncia, ao golpismo e ao retrocesso", afirmou.

Ela prometeu ainda ouvir as demandas da sociedade e dialogar com as diversas for�as pol�ticas do Pa�s. Ainda segundo Dilma, o "sentimento tem de ser de humildade e de firmeza".

Ela reconheceu que uma das principais queixas das manifesta��es � a corrup��o. Dilma destacou ainda que o Poder Executivo assegura liberdade de a��o da Pol�cia Federal e reconhece a autonomia do Minist�rio P�blico para que sejam investigadas den�ncias de crimes "de qualquer esp�cie" e prometeu encaminhar ao Congresso o pacote de projetos para endurecer a puni��o a corruptos. "A preserva��o das regras da democracia � o melhor ant�dotos contra a corrup��o", argumentou. "Temos absoluta concord�ncia com a demanda popular de combate � corrup��o".

Reforma Pol�tica

Em seu discurso, Dilma reiterou que tem convic��o de que a conjuntura atual aponta para a necessidade de uma ampla reforma pol�tica. Ela destacou que a popula��o brasileira � protagonista nesse tema, mas que o espa�o mais adequado para esse debate � o Congresso Nacional.


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