O l�der do governo na C�mara, Jos� Guimar�es (PT-CE), relativizou nesta segunda-feira, 16, o impacto das manifesta��es em todo o Pa�s, mas afirmou que vai procurar a oposi��o para tentar um "pacto" que sane a crise que vive o Pal�cio do Planalto. Apesar de dizer que houve uma "supervaloriza��o" dos protestos por parte da m�dia, ele admitiu que o governo e o PT precisam de mudan�as e que o partido "est� sofrendo".
Apesar desse posicionamento, o l�der do governo reconheceu que o governo precisa fazer mudan�as para atender �s manifesta��es e dividiu a responsabilidade com o Congresso. "(As ruas) querem mudan�a e o governo tem que fazer mudan�a na economia e na pol�tica. Por isso que o tema da reforma pol�tica e o combate � corrup��o t�m que ser sem tr�guas. Ou n�s fazemos isso ou as ruas nos engolem. Precisamos agir, ter uma centralidade pol�tica na reforma pol�tica e nas medidas que v�o ser anunciadas", disse Guimar�es.
Agora, al�m de continuar na tentativa de reunificar a base governista no Congresso, Guimar�es vai tentar dialogar com a oposi��o para tentar garantir que as promessas antigas refeitas pela presidente Dilma - reforma pol�tica e pacote anticorrup��o- entrem na pauta do Legislativo.
"Essa luta fratricida n�o � boa para o Pa�s. Temos que dialogar com a oposi��o", afirmou. "N�o acredito que a oposi��o queira quebrar o pa�s", afirmou. "� necess�rio construir pontes entre oposi��o e situa��o", disse Guimar�es. "Esse jogo do mata-mata no Congresso n�o interessa � democracia nem a ningu�m. Vamos construir as pontes com todos. Primeiro, a base tem que estar coesa. Segundo, temos que dialogar com a oposi��o", afirmou.
Nesta ter�a-feira, 17, l�deres da base re�nem-se com o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, no Pal�cio do Jaburu. A reuni�o j� havia sido marcada antes das manifesta��es.
A oposi��o negou que haja clima para esse di�logo. "Seria ir na contram�o das manifesta��es populares", disse o senador �lvaro Dias (PSDB-PR). "N�o h� clima para dialogar com o governo, especialmente depois daquele discurso da Dilma em cadeia nacional. Eles est�o no mundo da lua", afirmou o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).
Sangrando
Diante da crise vivida pelo partido e que tende a se agravar com a pris�o do ex-diretor de Servi�os e Engenharia da Petrobr�s Renato Duque e com o oferecimento de den�ncia por parte do Minist�rio P�blico Federal contra ele e contra o tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Neto, Guimar�es defendeu mudan�as tamb�m no partido.
"Evidentemente que o PT est� sofrendo. Temos que recompor isso tudo fazendo mudan�as internas no PT", afirmou Guimar�es, que j� havia dito mais cedo, em entrevista ao jornal cearense "O Povo", que "o PT est� sangrando".
No entanto, ele diz que a situa��o do PT j� vinha complicada antes mesmo dos acontecimentos desta segunda-feira . "Isso � um quadro que j� estava dado", afirmou. Guimar�es citou, entre as reformas, a constru��o de "nova rela��o com os movimentos sociais, que nos afastamos e agora que estamos retomando".
"O PT de hoje n�o � o PT e nem o Brasil de ontem. Quando PT foi fundado, o Pa�s era um e hoje o Pa�s � outro. O PT tem que fazer uma atualiza��o program�tica dos seus ideais", afirmou.