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Estado de Minas

Deputados da base que n�o votam com o governo "devem largar o osso", diz Cid Gomes

O ministro da Educa��o classificou como "oportunistas" os parlamentares que s�o de partidos que apoiam o Planalto, mas se posicionam de maneira contr�ria nas vota��es


postado em 18/03/2015 16:55 / atualizado em 18/03/2015 17:25

(foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)
(foto: Gustavo Lima / C�mara dos Deputados)

O ministro da Educa��o, Cid Gomes, disse que os parlamentares da base do governo que n�o votam de acordo com a orienta��o do Planalto devem “largar o osso” e ir para a oposi��o. “Partidos de oposi��o t�m o dever de fazer oposi��o. Partidos de situa��o t�m o dever de ser situa��o ou ent�o larguem o osso, saiam do governo”, afirmou. Gomes � ouvido na Casa nesta quarta-feira para explicar sua declara��o de que haveria no Congresso “300 ou 400 achacadores” que se aproveitam da fragilidade do governo.

De acordo com o ministro, se for ver a quantidade de deputados e deputadas que comp�em as bancadas partid�rias e que participam com minist�rios no governo vai “se identificar facilmente que, teoricamente, o governo teria uma grande maioria nesta Casa. � s� somar”.

Antes da nova pol�mica, o ministro da Educa��o, Cid Gomes, pediu desculpas por declara��o contra a C�mara. Durante sua fala, ele foi v�rias vezes interrompido pelos deputados que gritavam enquanto ele falava. Diante da rea��o dos parlamentares, o ministro atacou o presidente da Casa, Eduardo Cunha. Apontando o dedo ele falou: “Prefiro ser acusado por ele de mal-educado do que ser acusado como ele de achaque”.

O ministro argumentou que a declara��o de que haveria no Congresso "300 ou 400 achacadores" que se aproveitam da fragilidade do governo n�o foi sua "opini�o p�blica", mas uma fala "pessoal" a um grupo de estudantes de tr�s universidades paraenses dentro da sala do reitor da Universidade Federal do Par�, depois de ser questionado sobre a falta de recursos para a pasta.

"Se algu�m teve acesso a uma grava��o n�o autorizada que n�o reflete a minha opini�o p�blica que me perdoe. Eu n�o tenho mais idade. Eu n�o tenho direito de negar a tantos quanto nesses 20 anos de vida p�blica. Eu n�o tenho como negar aquilo que pessoalmente, de maneira reservada, falei no gabinete do reitor", disse. O ministro argumentou que o coment�rio n�o foi feito em local p�blico e "n�o � motivo de proselitismo".

Cid Gomes lembrou que, durante sua trajet�ria como prefeito e governador sempre teve uma rela��o pessoal com o parlamento � "respeitosa, construtiva, de quem compreende o papel do legislativo" na gest�o e no controle do Estado e do Pa�s.

Rea��o

Logo ap�s a declara��o do ministro da Educa��o, o clima esquentou no Plen�rio. V�rios parlamentares se revezaram em cr�ticas a ele. O l�der do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse que Cid Gomes ultrapassou as regras de conviv�ncia democr�tica e perdeu as condi��es de continuar no cargo. “Vamos cobrar do governo se tolera ou orienta os seus ministros a n�o respeitar o Parlamento, porque esse Parlamento respeita os seus ministros”, declarou o deputado. J� o l�der do Solidariedade, deputado Arthur Oliveira Maia (BA), disse que o depoimento Gomes � o momento “mais constrangedor” que j� viveu nos 25 anos de vida p�blica, se referindo a acusa��o de “achacadores”. 

O l�der da Minoria, deputado Bruno Ara�jo (PSDB-PE), afirmou que a presidente Dilma Rousseff precisa esclarecer sua opini�o em rela��o � base aliada do governo na C�mara, depois da fala do ministro. “Com a palavra, a partir de agora, a presidente da Rep�blica sobre o que pensa da sua rela��o com a sua base, que foi acusada pelo ministro da Educa��o, e com Parlamento brasileiro”, declarou. Ara�jo questionou a aus�ncia da fala de deputados da base do governo para defender o discurso de Cid Gomes. “Cad� a voz do partido que comanda o Pa�s na defesa do ministro da Educa��o?” Na vida p�blica, de acordo com o l�der da Minoria, n�o � poss�vel separar o homem da fun��o p�blica.

Durante visita � Universidade Federal do Par� no m�s passado, Cid Gomes teria dado a seguinte declara��o: “Tem l� [no Congresso] uns 400 deputados, 300 deputados que, quanto pior, melhor para eles. Eles querem � que o governo esteja fr�gil porque � a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas”.
Gomes comentou que sempre teve “profundo respeito pelo Legislativo”. A considera��o, por�m, n�o quer dizer que “concorde com a postura de alguns, de v�rios, de muitos, que mesmo estando no governo, os seus partidos participando do governo, t�m uma postura de oportunismo”.

 Com Ag�ncia C�mara


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