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Estado de Minas

PT planeja abrir m�o de doa��o de empresas

O partido pretende compensar a perda criando uma ferramenta digital para coleta de doa��es do mais de 1 milh�o de filiados


postado em 31/03/2015 09:07 / atualizado em 31/03/2015 09:49

S�o Paulo - As principais correntes internas do PT est�o pr�ximas de um acordo que prev� a proibi��o de inst�ncias do partido receberem doa��es de empresas privadas. A sigla pretende compensar a perda criando uma ferramenta digital para coleta de doa��es do mais de 1 milh�o de filiados. Pela proposta, candidatos da legenda a cargos eletivos est�o liberados para receber doa��es privadas, mas assumir�o totalmente a responsabilidade pela origem dos recursos.

A proibi��o faz parte da tese elaborada pela corrente Mensagem ao Partido para a segunda etapa do 5º Congresso Nacional do PT, marcado para junho. Conta com o apoio do Movimento PT, segunda maior corrente interna da legenda, dos presidentes dos 27 diret�rios estaduais reunidos ontem em S�o Paulo e de lideran�as importantes, como o presidente nacional do PT, Rui Falc�o, e o assessor especial da Presid�ncia da Rep�blica Marco Aur�lio Garcia.

As principais lideran�as do partido preferem acabar com o financiamento privado de campanha a conviver com as suspeitas de ilegalidade que as doa��es legais possam suscitar. "Por que financiamento privado para outros partidos � doa��o e para o PT � propina?", questionou Falc�o. Nesse sentido, discorrem os representantes, � prefer�vel "acabar com essa palha�ada".

A ideia surgiu na semana passada, depois que o tesoureiro nacional do PT, Jo�o Vaccari Neto, se tornou r�u da Opera��o Lava-Jato. Vaccari � acusado de receber propinas de empresas fornecedoras da Petrobr�s em forma de doa��es legais ao partido e seus candidatos. Ele nega as acusa��es.

A proposta da proibi��o amadureceu na segunda-feira, 30, durante reuni�o entre o ex-presidente Lula, a executiva nacional do PT e os presidentes dos 27 diret�rios estaduais do partido. Entre as principais for�as pol�ticas internas, apenas um setor da corrente majorit�ria Construindo Um Novo Brasil (CNB) resiste � ideia. Segundo relatos, durante a reuni�o de ontem, apenas a secret�ria de Rela��es Internacionais, Monica Valente, mulher do ex-tesoureiro Del�bio Soares, preso por envolvimento no mensal�o, foi contra a proposta. "N�o tem consenso nisso", disse ela, de acordo com participantes da reuni�o.

As decis�es sobre a proibi��o das doa��es privadas e o afastamento de Vaccari da tesouraria petistas ser�o definidas na pr�xima reuni�o do diret�rio nacional do PT, dia 17 de abril.

Afastamento

Sobre o futuro do tesoureiro, o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro defendeu ontem seu afastamento do cargo, enquanto Lula preferiu o sil�ncio, o que foi interpretado como um recuo do ex-presidente na defesa de Vaccari. "Se ele for denunciado e a den�ncia for aceita, como � a informa��o que n�s temos, acho que o partido deve pedir que ele se afaste e, se n�o se afastar, afast�-lo preventivamente", disse Tarso ao deixar o local da reuni�o.

O encontro se deu em um hotel na regi�o Sul de S�o Paulo a portas fechadas. Por determina��o de Lula, todos os participantes tiveram de deixar os celulares na entrada do sal�o. Lula reclamava de quem sa�a para ir ao banheiro e pedia insistentemente que a porta fosse mantida fechada. De acordo com relatos, o ex-presidente fez um discurso ensaiado no qual apontou quatro crises a serem enfrentadas pelo governo e pelo PT: corrup��o, pol�tica, econ�mica e de comunica��o. O ex-presidente chegou a usar de ironia diante de avalia��es positivas de alguns dirigentes estaduais. "Ouvi os informes de todos os Estados, gostei muito, mas tem gente que est� mentindo", disse Lula.

Antes da reuni�o, os convidados ouviram uma explana��o do novo ministro da Educa��o, Renato Janine Ribeiro. Um dos convidados era o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, investigado na Lava-Jato.


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