O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, reconheceu nesta quarta-feira que o programa de investimentos da Petrobras est� “contaminado pelas den�ncias de corrup��o” causados a partir da Opera��o Lava Jato. Segundo ele, isso tem provocado a paralisa��o de obras e projetos. Em audi�ncia p�blica na Comiss�o de Infraestrutura do Senado, ele foi questionado por senadores sobre a necessidade de mudan�as no modelo de explora��o de petr�leo no Brasil por causa dos desvios revelados pela Lava-Jato.
"� lament�vel que o nosso projeto tenha sido contaminado da forma como foi, o que trouxe tantos desafios que est�o sendo enfrentados neste momento pela Petrobras, pelo Senado, pelo Congresso, pela Justi�a brasileira e pelos �rg�os de comando e controle. Isto n�o pode significar que a Petrobras n�o � essencial, que o pr�-sal n�o � importante e que n�o s�o necess�rios os investimentos”, disse o ministro.
Ele acrescentou a import�ncia de a Justi�a, “de acordo com o Estado democr�tico de direito”, garantir o direito de ampla defesa a quem quer que seja”. Ao mesmo tempo, quem for culpado “que pague pelos seus erros”.
Eduardo Braga disse ser favor�vel a rediscuss�o e ao aprimoramento da pol�tica do monop�lio da Petrobras na opera��o dos campos do pr�-sal e da lei que exige a produ��o no pa�s de parte dos equipamentos usados na explora��o de �leo e g�s.
"N�s precisamos ter a humildade e precisamos ter a coragem de debater esse modelo. Agora, sem nenhuma d�vida, n�s n�o podemos repetir alguns erros, sejam nossos, sejam dos outros", ressaltou o ministro.
O ministro disse aos senadores que n�o � 100% verdadeiro achar que “a ind�stria explodiu no Brasil em fun��o do regime de concess�o”. Ele observou que a partir do momento em que a pol�tica nacional obrigou a Petrobras a parar de importar, sem nenhuma estrat�gia, e passar a produzir no Brasil, milhares de empregos foram gerados. "Isso n�o significa dizer que n�o deveremos revisitar a legisla��o de conte�do nacional. Porque n�s n�o podemos confundir a legisla��o de conte�do nacional, que � fundamental, com reserva de mercado ou com janela de oportunidade para a corrup��o".