Bras�lia – Na estreia como articulador pol�tico do Pal�cio do Planalto, o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer (PMDB), deu mostras de que, de agora em diante, tem as r�deas do governo nas m�os. Garantiu pacto com l�deres partid�rios para apoiar o ajuste das contas, anunciou o preenchimento de cargos do segundo escal�o com o objetivo de acalmar os �nimos da base aliada e, de quebra, emplacou o peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN) na Esplanada, em uma pasta ainda ser definida. Politicamente, fez o que a presidente Dilma Rousseff (PT) n�o conseguiu realizar em 100 dias de gest�o. Na C�mara, o PMDB continua indom�vel e lidera movimento para impor derrota ao governo federal.
No primeiro dia � frente da articula��o pol�tica do governo, Temer conseguiu que os l�deres partid�rios assinassem um documento em que se comprometem a apoiar o ajuste fiscal e evitar mat�rias que impliquem no aumento de gastos ou redu��o de receitas. “Trouxe um documento para que assinassem no sentido de que as medidas do ajuste fiscal econ�mico seriam naturalmente examinadas, eventualmente ajustadas pelo Congresso e, portanto, nada que porte despesa ou redu��o das receitas seria neste momento examinado. Todos assinaram”, disse. O documento destaca a necessidade da retomada do crescimento econ�mico, “de promover o reequil�brio das contas p�blicas e trazer a infla��o para o centro da meta, de forma a proporcionar tranquilidade aos trabalhadores e estimular a confian�a necess�ria para o investimento”.
O vice-presidente da Rep�blica afirmou que est� dialogando e conversou com os parlamentares at� a madrugada dessa quarta-feira para evitar a vota��o da pauta-bomba. Sobre a rela��o conflituosa entre PT e PMDB, Temer disse acreditar que as arestas entre os partidos ser�o aparadas. “Tenho enfatizado que o Executivo s� pode governar se tiver apoio do Congresso, no sentido pol�tico e legislativo. E est�o todos de acordo com isso”, avaliou.