A determina��o do governo de Minas para que todos os projetos de amplia��o do metr� de Belo Horizonte sejam revisados colocou a administra��o estadual em choque com o prefeito Marcio Lacerda (PSB). O socialista apresentou a obra como uma de suas prioridades para a �rea de mobilidade urbana e investiu, com a Metrominas – �rg�o formado pelas prefeituras de BH, Contagem, Betim e pelo governo estadual –, cerca de R$ 60 milh�es na elabora��o de projetos executivos, perfura��es e sondagens do solo no trecho em que estava prevista a constru��o da Linha 3, que ligar� a Esta��o Lagoinha � regi�o da Savassi. Entre 2012 e 2013, as sondagens foram feitas ao longo da Avenida Afonso Pena e na Regi�o da Savassi. A obra, no entanto, foi colocada em segundo plano pela nova gest�o estadual. “O projeto da Linha 3 ainda n�o est� em an�lise entre governo de Minas e Coompanhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). A prioridade � a moderniza��o da Linha 1 e a constru��o da Linha 2”, informou, por meio de nota, a Secretaria de Transporte e Obras P�blicas (Setop).
“O governo do estado n�o comunicou essa decis�o � prefeitura. N�o houve discuss�o sobre esse planejamento no Conselho da Metrominas, o qual tem a participa��o da PBH. Levei a quest�o do metr� ao governador Pimentel h� algumas semanas e aguardo o retorno”, afirmou o prefeito Marcio Lacerda. O projeto da Linha 3 (Savassi/Lagoinha) foi entregue pelo governo de Minas � Caixa Econ�mica Federal (CEF) e ao Minist�rio das Cidades em abril do ano passado, por�m, os �rg�os federais apresentaram questionamentos sobre o cronograma e or�amento da obra e pediram mais detalhes ao governo estadual.
Estimado em R$ 2,6 bilh�es, o trecho percorreria um trajeto de 4,5 quil�metros e seria constru�do em dois n�veis, com t�neis de 15 metros de di�metro e trilhos implementados em dois andares – op��o adotada para evitar que fossem feitas desapropria��es na Regi�o da Savassi – um dos metros quadrados mais caros da capital mineira. Estava prevista ainda a constru��o de quatro novas esta��es: Pra�a Sete, entre as avenidas Afonso Pena e Amazonas; Pal�cio das Artes, na Afonso Pena; Tiradentes, na Rua Pernambuco, pr�ximo � Avenida Brasil; e Savassi, entre as ruas Pernambuco e Fernandes Tourinho. Tamb�m foi planejada a constru��o de um p�tio de opera��es e manuten��o para o metr�, que seria implantado atr�s da esta��o Lagoinha.
Esse trecho seria a primeira parte da Linha 3, que receberia, no futuro, em outros aportes do governo federal, recursos para ser estendida at� o Morro do Papagaio – obra que tamb�m foi prometida pela presidente Dilma Rousseff (PT). Em janeiro de 2014, a petista esteve em Belo Horizonte para anunciar a constru��o do segundo trecho da Linha 3, que teria uma extens�o de 2,3 quil�metros e outras tr�s esta��es: mais uma na Savassi; outra na altura da Avenida Uruguai; e a �ltima no Morro do Papagaio.
Nesta semana, ap�s o governador Fernando Pimentel (PT) apresentar o balan�o das contas do estado, a Setop informou que 2015 deve ser um ano sem obras de grande porte para a amplia��o do metr�. O an�ncio jogou por terra a expectativa de que a combina��o de governos petistas nas esferas federal e estadual poderia representar a libera��o de verbas com maior agilidade para obras importantes de Minas Gerais. Segundo a presidente Dilma informou aos prefeitos, em reuni�o no Pal�cio do Planalto na quarta-feira, os novos investimentos previstos para 2015 devem ficar para os pr�ximos anos.
Previs�o
Apesar de informar que os projetos para a Linha 2, que ligar� a Regi�o do Barreiro ao Bairro Nova Su��a, e para as melhorias na Linha 1 (Venda Nova/Eldorado) j� est�o prontos, a Setop n�o tem previs�o para o in�cio das obras e atribuiu ao governo anterior a responsabilidade pelo atraso nas obras. “No momento, o governo de Minas discute o projeto com a CBTU. Apenas ap�s essa fase de refinamento ser� poss�vel fazer qualquer previs�o sobre o in�cio da obra. A expectativa � de que essa fase seja conclu�da ainda neste semestre. Os projetos executados pela Metrominas/Setop at� 2014 n�o foram discutidos com a CBTU, motivo central do atraso na execu��o do empreendimento”, informou, por meio de nota, a Setop.