Bras�lia - O vice-presidente Michel Temer, novo articulador pol�tico do governo, retoma nesta segunda-feira conversas sobre o segundo escal�o do governo. O primeiro imbr�glio a ser resolvido deve ser a defini��o sobre a ida do ex-presidente da C�mara Henrique Eduardo Alves para o Minist�rio do Turismo.
Da� a import�ncia da conversa que deve ser realizada nesta segunda-feira, 13, entre Temer e Renan. "S�o v�rios PMDBs e eles t�m de se entender", comentou um interlocutor direto da presidente Dilma Rousseff. O que interessa ao governo � a estabilidade e a governabilidade. Quando este consenso estiver constru�do, as nomea��es sair�o", afirmou.
Com a tarefa delegada a Temer, a presidente espera ter mais sossego em rela��o a estas disputas, embora seja dela a decis�o final das indica��es. Ela espera que a habilidade de Temer amenize as disputas, por ele ser um integrante da sigla.
Coordena��o
Dilma inicia a semana se reunindo com Michel Temer e a coordena��o pol�tica de seu governo, �s 9h, no Planalto. Al�m de avaliar as manifesta��es do domingo, 12, a pauta do encontro inclui estas nomea��es. O governo sabe que vai ter de discutir, por exemplo, as nomea��es do setor el�trico, cobi�adas por v�rios setores do PMDB e do PT.
Por�m, os principais cargos de dire��o da Eletrobras, respons�vel por diversos programas estrat�gicos do governo, n�o devem entrar nas primeiras rodadas de negocia��es.
Segundo um representante da c�pula do PT, neste momento a presidente pretende mexer apenas na composi��o das seis subsidi�rias, mas n�o no comando da Eletrobr�s, atualmente presidida por Jos� da Costa Carvalho Neto, considerado t�cnico e apartid�rio.
Lideran�as dos partidos da base aliada t�m a expectativa de que Michel Temer conclua um estudo sobre a divis�o dos espa�os do segundo e terceiro escal�o nos pr�ximos dez dias. Temer deve receber nos pr�ximos dias um mapeamento da distribui��o dos principais cargos do governo, incluindo postos em bancos p�blicos e ag�ncias reguladoras, entre outras.
Parlamentares do PMDB afirmam que Temer j� sinalizou que dar� aten��o especial ao partido, principal condutor da crise com o Pal�cio do Planalto. O problema � que, al�m de atender aos pleitos das bancadas da C�mara e do Senado, Temer ter� de administrar tamb�m o descontentamento de outros setores do PMDB, que o criticam por privilegiar a sua "entourage" na composi��o ministerial, realizada no inicio do ano pela presidente.
Neste novo desenho da articula��o da pol�tica, tirada do PT e entregue ao PMDB, o governo criou outra aresta com a ala hist�rica dos petistas, que sempre defendeu o governo.