
Durou sete horas o depoimento do empres�rio Augusto Mendon�a Neto, da Toyo Setal, primeiro empreiteiro a depor aos parlamentares da CPI da Petrobras. Durante a oitiva, o empres�rio disse que a propina era dada aos diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Servi�os) e ao ex-gerente Pedro Barusco (Servi�os). Segundo ele, o dinheiro era repassado pelos empres�rios para que os funcion�rios n�o "atrapalhassem" os neg�cios com a estatal.
Mendon�a tamb�m confirmou doa��es ao PT e disse que se reuniu v�rias vezes com o ex-tesoureiro Jo�o Vaccari Neto. Ele foi apresentado ao doleiro Alberto Youssef pelo ex-deputado Jos� Janene e reafirmou que os pagamentos eram feitos via dep�sito ou diretamente ao doleiro. O empres�rio disse que pagou mais de R$ 100 milh�es em propina. Em sua avalia��o, a corrup��o era "generalizada" na diretoria de Servi�os.
Na �ltima parte do depoimento � CPI, Mendon�a disse que esteve algumas vezes com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, e que conversou com os candidatos � Presid�ncia da Rep�blica em 2010, inclusive com a ent�o candidata Dilma Rousseff. As conversas, de acordo com ele, foram sobre a ind�stria naval. Ao final, o empres�rio disse que sua empreiteira est� participando do acordo de leni�ncia - que j� fez reuni�es com a Controladoria Geral da Uni�o (CGU) - e disse que a Petrobr�s "n�o pode ser contaminada por um problema com dois diretores".