Bras�lia - Desde que Michel Temer assumiu a Secretaria de Rela��es Institucionais (SRI), o PMDB vem aos poucos transferindo seu centro de opera��es pol�ticas da Vice-Presid�ncia para o quarto andar do Pal�cio do Planalto, algo in�dito na era petista. Parte da estrutura est� sendo substitu�da e o ministro da Avia��o Civil, Eliseu Padilha, desde a semana passada, despacha no gabinete, tornando-se um caso raro de "ministro de dois gabinetes".
O Minist�rio das Rela��es Institucionais tem pouco mais de 100 cargos comissionados para serem ocupados pelo partido. As nomea��es tiveram in�cio na semana passada e o primeiro a ser desalojado foi o subsecret�rio de Assuntos Parlamentares, Jean Keiji Uema, ligado ao PT, que abriu vaga para o ex-secret�rio-geral da C�mara, Mozart Vianna, que deixa a aposentadoria e volta � pol�tica, para cuidar da rela��o do Planalto com os parlamentares.
Apesar de n�o existir mais o cargo oficial de ministro das Rela��es Institucionais, concedido pela presidente Dilma Rousseff a Temer para que ele gerenciasse a crise pol�tica que caracteriza este in�cio de segundo mandato, toda a estrutura da pasta continua em pleno funcionamento e comandada, de fato, por Padilha, considerado o "articulador efetivo" do governo.
Ele tem se reunido com os funcion�rios da secretaria, procurando tomar p� de toda a estrutura e funcionamento do �rg�o.
O inusitado � que Padilha havia recusado convite de Dilma, no in�cio do m�s, para assumir o minist�rio, ap�s veto do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Nas indica��es para ocupa��o do espa�o, Padilha chegou a barrar escolhas do pr�prio Temer. O vice-presidente queria nomear o ex-ministro dos Transportes do governo Fernando Henrique Cardoso, e ex-presidente da ECT, o piauiense Jo�o Henrique Sousa (PMDB), homem de sua confian�a para participar da articula��o pol�tica. Mas Padilha rejeitou a ideia.
Outra mudan�a j� acertada � que o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, que j� trabalha na Vice-Presid�ncia com Temer, ser� transferido para a chefia de gabinete da SRI. As modifica��es est�o sendo feitas aos poucos e, por enquanto, o petista Olavo Noleto, por exemplo, permanece na Subsecretaria de Assuntos Federativos.