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Estado de Minas

Apoio ao governo na C�mara � 'pago' com cargos para afilhados no segundo escal�o

Conclu�da a vota��o do ajuste fiscal, o Planalto sinaliza: os partidos que votaram contra ter�o as nomea��es para o 2� e 3� escal�es congeladas. Aliados fi�is ser�o recompensados


postado em 08/05/2015 06:00 / atualizado em 08/05/2015 07:40

Articulador da votação, Temer ouviu elogios da presidente e garante que não houve negociação de cargos(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Articulador da vota��o, Temer ouviu elogios da presidente e garante que n�o houve negocia��o de cargos (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)

Bras�lia – A vit�ria apertada do governo na vota��o da Medida Provis�ria 665 – que restringe o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial – ditar� o ritmo das nomea��es do segundo escal�o do governo federal. Quem votou a favor nos �ltimos dias ter� as indica��es aceleradas. Aqueles que ficaram contra, mas “t�m um bom hist�rico de fidelidade”, segundo apurou o Estado de Minas, ser�o colocados na geladeira por um tempo, podendo ter os pleitos atendidos em um momento posterior. J� quem votou contra a MP e tem, reiteradamente, se queixado do tratamento recebido ser� ignorado solenemente pelo Planalto.

O PMDB, que comanda a articula��o pol�tica e tem tido suas demandas prestigiadas pelo governo, segue dando caneladas nos petistas. O presidente da C�mara, Eduardo Cunha (RJ), afirmou que o PT s� cumpriu com 80% do acordado na vota��o da primeira medida provis�ria do ajuste fiscal, j� que apenas 54 dos 64 deputados seguiram a orienta��o para votar com o governo. “Uma parte dos petistas fugiu do plen�rio para n�o votar e ficar mal com seus eleitores. Os nove que fugiram para n�o contrariar seus eleitores deveriam assumir publicamente as suas posi��es. O PMDB queria que o PT assumisse a defesa do ajuste. Eles assumiram, mas n�o entregaram todos os votos”, provocou Cunha.

Os peemedebistas j� emplacaram a presid�ncia da Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Banco do Nordeste. O partido espera ainda a confirma��o de Djalma Berger, ex-prefeito de S�o Jos� (SC) e irm�o do senador D�rio Berger (PMDB-SC), para a presid�ncia da Eletrosul e de Rebeca Garcia – do PP, mas apadrinhada pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga – para a Superintend�ncia da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Prestigiado, o vice-presidente Michel Temer foi pessoalmente elogiado pela presidente Dilma Rousseff, que classificou o trabalho dele com as bancadas aliadas, e at� mesmo aos partidos de oposi��o, como fundamental para a vit�ria da MP. Na quarta-feira, horas antes da vota��o do texto-base, Temer almo�ou com um grupo de deputados do DEM, acompanhado do prefeito de Salvador, ACM Neto, e conseguiu que eles votassem a favor do ajuste. “O Aleluia (deputado Jos� Carlos Aleluia, um dos demistas convencidos) � muito firme ideologicamente sobre a necessidade do ajuste. Respeito, embora ache que essa proposta prejudique apenas os trabalhadores”, lamentou o l�der do DEM na C�mara, Mendon�a Filho (PE).

Endividamento

Michel Temer comemorou publicamente a aprova��o da mat�ria. Respons�vel pela condu��o da articula��o pol�tica do governo, ele negou ontem que tenha havido negocia��o de cargos para os partidos em troca de votos favor�veis � medida. Temer ainda evitou comentar a trai��o na base do governo e disse ter sido “uma surpresa agrad�vel” o voto favor�vel do DEM, legenda da oposi��o. Segundo interlocutores, ACM Neto ajudou nas negocia��es, por entender que a derrocada financeira do governo federal prejudica tamb�m estados e munic�pios J� extremamente endividados.

Temer, contudo, negou a ampla distribui��o de cargos para alinhar os aliados. Segundo ele, a negocia��o que ocorre � a que j� � conduzida h� mais de um m�s por meio de reuni�es.

Obviamente, o DEM n�o ser� agraciado com indica��es para o segundo e terceiro escal�es. Mas os partidos da base come�am a ficar ansiosos.. J� est�o na mesa do chefe da Casa Civil, ministro Aloizio Mercadante, de 120 a 130 indica��es aprovadas por Michel Temer e pelo ministro da Secretaria da Avia��o Civil, Eliseu Padilha. Falta apenas o aval da presidente Dilma Rousseff.

Algumas legendas come�am a ficar com as barbas de molho. O PTB, por exemplo, que deu apenas 48% dos votos da bancada para o governo, � um dos que est�o de sobreaviso. Se obteve a sinaliza��o do Planalto de que manter� a presid�ncia da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o partido n�o t�m certeza se emplacar� outras indica��es que almeja.

O PP, que apresentou 21 deputados favor�veis e 18 contr�rios � MP do direito trabalhista, alega que pediu que a vota��o fosse adiada. “N�s solicitamos mais uma semana de prazo para conversar com os deputados. N�o conseguimos e a bancada entrou rachada”, lamentou o l�der Dudu da Fonte (PE). O PP, que pediu tr�s cargos, defende que o governo respeite a proporcionalidade na hora de distribuir os cargos.

A situa��o do PDT � mais dram�tica. Nenhum dos 19 deputados votou com o governo, e o ministro do Trabalho, Manoel Dias, ainda sofre boicote da bancada e do presidente da legenda, Carlos Lupi. “N�o me cabe dizer o futuro do PDT. O que me cabe dizer agora o seguinte: Base � base. Tem que ser base de manh�, de tarde e de noite”, atacou o l�der do governo na C�mara, Jos� Guimar�es (PT-CE).


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