
"Em vista da louv�vel disposi��o da defesa para esclarecer os fatos e considerando a relev�ncia do ponto para a pris�o preventiva, intime-se a defesa para, querendo, esclarecer os aludidos dep�sitos em dinheiro de R$ 583.400,00 entre 2008 e 2014 na conta de Giselda Rouse de Lima, aparentemente sem origem comprovada, demonstrando origem e natureza dos valores", afirmou Moro. "Prazo de cinco dias."
A for�a-tarefa da Lava-Jato identificou dep�sitos 'picados', no limite pr�ximo de R$ 10 mil cada, que somaram R$ 322,9 mil em conta da mulher de Vaccari. Em um �nico dia, 12 de dezembro de 2013, Giselda teria recebido cinco dep�sitos, quatro deles no valor de R$ 2 mil e um de R$ 1.500. O rastreamento banc�rio de Giselda pegou o per�odo entre 1.º de julho de 2006 e 18 de dezembro de 2014.
Al�m dos dep�sitos 'fatiados', os peritos do Minist�rio P�blico Federal constataram, a partir da quebra do sigilo banc�rio, que ca�ram na conta da mulher do tesoureiro do PT repasses superiores a R$ 10 mil, tamb�m em dinheiro, que somaram R$ 260,5 mil, entre 19 de setembro de 2008 e 29 de outubro de 2012. As quantias somadas chegam aos R$ 583,4 mil que a Justi�a quer que Vaccari explique.
A Opera��o Lava-Jato investiga um esquema de cartel, corrup��o e propinas a pol�ticos na Petrobras, do qual Vaccari � acusado de envolvimento. No dia 28 de abril, o ex-tesoureiro do PT pediu revoga��o da ordem de pris�o preventiva que o mant�m desde 15 de abril sob cust�dia.
O pedido foi subscrito pelo criminalista Luiz Fl�vio Borges D’Urso, que o defende. Vaccari est� preso na Pol�cia Federal em Curitiba (PR), base da Lava-Jato, sob suspeita de corrup��o e lavagem de dinheiro oriundo de propina do esquema Petrobr�s supostamente direcionada para o partido.
Como "derradeira argumenta��o", Vaccari sugere ao juiz S�rgio Moro - que conduz as a��es da Lava-Jato e mandou prend�-lo -, a ado��o de uma medida cautelar, "especialmente aquela que disp�e sobre a concess�o de liberdade vigiada por meio de tornozeleira eletr�nica, medida que abranda e afasta o rigor extremo desta pris�o preventiva, que se mostra injustificada".
