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Estado de Minas

Janot v� como mais forte suspeita sobre Cunha


postado em 09/05/2015 09:07 / atualizado em 09/05/2015 09:34

O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, considera que informa��es prestadas pelo ex-diretor da �rea de inform�tica da C�mara dos Deputados Luiz Antonio Souza da Eira “refor�am as suspeitas” de envolvimento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em requerimentos alvo das investiga��es da Opera��o Lava-Jato.

A afirma��o de Janot, tornada p�blica ontem, est� no pedido de dilig�ncia encaminhado ao Supremo Tribunal Federal para coletar documentos na C�mara - as buscas foram realizadas nesta semana. Cunha � suspeito de ter arquitetado uma auditoria em contrato assinado entre as empresas Samsung e Mitsui com a Petrobr�s como “amea�a” ap�s a suspens�o de suposta propina de aluguel de um navio-plataforma, de acordo com dela��o do doleiro Alberto Youssef, personagem central nas investiga��es de corrup��o na estatal.


Em depoimento a procuradores e � Pol�cia Federal, um dia ap�s ser demitido por Cunha, Eira afirmou que a vers�o inicial do requerimento da auditoria do sistema de inform�tica da C�mara foi gerada com a senha, “pessoal e intransfer�vel”, de Cunha. A informa��o foi para coletar documentos no setor de inform�tica da C�mara nesta semana. Esses arquivos devem ajudar nas investiga��es de inqu�rito da Lava Jato do qual Cunha � alvo.

Para Cunha, as buscas demonstraram “desespero” do procurador-geral, na tentativa de encontrar provas “para justificar algo que n�o aconteceu”. “� uma tentativa de procurar prova para justificar algo que n�o aconteceu. S�o circunst�ncias que mostram o desespero do procurador de tentar encontrar alguma coisa que possa tentar me incriminar”, afirmou Cunha na quarta-feira passada. O ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, autorizou na segunda-feira as dilig�ncias pedidas pela Procuradoria.

‘Fraude’

O presidente da C�mara nega ter criado o documento e diz que seu nome apareceu na pe�a inicial por uma “fraude”. J� Eira rebate a contesta��o de Cunha, afirmando que uma auditoria interna da Casa concluiu que n�o houve fraude nem altera��o em nenhum dos dois requerimentos alvo das investiga��es. “Os requerimentos que constam no sistema eram exatamente aqueles que foram inseridos no sistema em 2011”, afirma o ex-diretor.

A vers�o final do requerimento foi gerada com a senha da prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Pereira de Almeida, em 2011, ent�o suplente de deputado. Os requerimentos, afirma Eira, s�o salvos no sistema da C�mara por dois programas de inform�tica distintos - Word, na fase inicial, e PDF, na final.

Por isso, embora o documento final tenha sido apresentado pela ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), a suspeita � de que a iniciativa tenha sido arquitetada por Cunha por seu nome ter aparecido na vers�o inicial. Os requerimentos eram uma solicita��o da C�mara de auditoria ao Tribunal de Contas da Uni�o e ao Minist�rio de Minas e Energia sobre o contrato.

‘Retalia��o’

O ex-diretor relatou tamb�m aos investigadores que Cunha o demitiu para dar “exemplo” aos demais servidores da Casa de que vazamentos de informa��es n�o s�o aceit�veis. Eira foi demitido um dia ap�s o jornal Folha de S.Paulo publicar reportagem relacionando Eduardo Cunha como autor do documento.

Segundo o relato de Eira, o presidente da C�mara dos Deputados j� tinha informa��es de que a imprensa divulgaria, no dia seguinte � demiss�o do ex-diretor, informa��es sobre autoria de requerimentos investigados quando ordenou a demiss�o de Eira ao diretor-geral da Casa, S�rgio Sampaio.

De acordo com Eira, S�rgio Sampaio lhe informou que Cunha acreditava que ele, enquanto respons�vel pelo setor, n�o tinha sido o respons�vel pelo vazamento, mas que “serviria de exemplo aos demais”.

O funcion�rio afirmou aos investigadores que, na vis�o de Cunha, o vazamento era uma “retalia��o” por parte dos t�cnicos de inform�tica por ter determinado cumprimento integral de carga hor�ria dias antes. Cunha questiona a legitimidade das informa��es prestadas por um funcion�rio “demitido com raiva”.


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