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Estado de Minas

Programa federal � afetado pela seca


postado em 18/05/2015 06:00 / atualizado em 18/05/2015 07:27

João Barbosa, pequeno produtor em Pai Pedro, já perdeu cinco cabeças de gado por falta de pasto: 'É a pior seca que já vi'(foto: Danilo Evangelista/Esp. EM/D.A Press)
Jo�o Barbosa, pequeno produtor em Pai Pedro, j� perdeu cinco cabe�as de gado por falta de pasto: '� a pior seca que j� vi' (foto: Danilo Evangelista/Esp. EM/D.A Press)
O coordenador da Empresa Mineira de Assist�ncia T�cnica e Rural de Minas Gerais (Emater) no Norte de Minas, Ricardo Demicheli, conta que em toda a regi�o houve venda de gado bem acima dos n�meros registrados . De acordo com ele, com quase quatro anos seguidos de seca, as pastagens da regi�o n�o suportavam mais a quantidade de gado. O rebanho foi reduzido de cerca de 3,3 milh�es de cabe�as para cerca de 2,4 milh�es. As pastagens, que j� chegaram a ocupar 4 milh�es de hectares, hoje n�o chegam a 2 milh�es.

O Norte tamb�m enfrenta um queda significativa da �rea plantada, que encolheu de 220 mil hectares para 180 mil. “Todas as barragens est�o com os n�veis de �gua baix�ssimos e a expectativa � de que faltar� �gua pot�vel na sede de grande parte dos munic�pios, algo que nunca aconteceu antes”, afirma. At� os programas de combate � mis�ria e a desnutri��o no semi�rido est�o sendo afetados pela seca, conta o gerente da Emater. O programa Leite pela vida do governo federal que j� chegou a distribuir 200 mil litros de leite por dia para a popula��o carente hoje n�o consegue entregar 50 mil litros. A seca, segundo Demicheli, afetou demais a produ��o leiteira.

A situa��o vivida pelo pequeno agricultor Jo�o Barbosa de Souza, de 66 anos, casado e pai de dois filhos, morador da localidade de V�rzea das Pedras, no munic�pio de Pai Pedro, � o retrato da pen�ria causada pela seca. Ele conta que nunca enfrentou uma a estiagem t�o rigorosa como a de agora. “� a pior que j� vi na vida”, diz Jo�o Barbosa, lamentando que de meados do ano para c�, perdeu cinco cabe�as de gado, por falta de pasto. Ele contabiliza as perdas das lavouras de milho, sorgo e feij�o. Al�m disso, encara a ang�stia da falta d’�gua. “Se chovesse mais, a gente poderia produzir mais alimentos e viver melhor. Mas, do jeito que est�, as coisas s� est�o piorando. S� Deus para ter d� da gente”, clama o sofrido produtor. Alem da ajuda divina, tamb�m reivindica uma a��o governamental para aliviar o infort�nio: a abertura de um po�o tubular na localidade onde mora.

O superintendente t�cnico e operacional da Defesa Civil Estadual, major Roberto Turbino Campolina, afirma que a situa��o pode ser agravar em fun��o do in�cio antecipado do per�odo de estiagem e da falta de chuvas. Para os prefeitos, essa escassez de chuvas j� dura quatro anos. “Com o inicio do per�odo da seca, com certeza aumentar� a quantidade de munic�pios com decreta��o de situa��o de emerg�ncia ou estado de calamidade p�blica”, afirmou.

Segundo Campolina a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) est� ajudando os munic�pios com a burocracia necess�ria para a capta��o de recursos. Al�m disso, de acordo com ele, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integra��o do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sednor) est� construindo pequenas barragens para capta��o de �gua pluvial e tamb�m instalando cisternas e fornecendo �gua por meio de caminh�es-pipa, e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Pol�tica Urbana e Gest�o Metropolitana (Sedru) est� perfurando po�os artesianos. O secret�rio da Sednor, Paulo Guedes, n�o foi localizado pela reportagem para comentar a situa��o dos munic�pios. (Colaborou Luiz Ribeiro)


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