Bras�lia - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), garantiu nesta ter�a-feira que a Casa vai votar esta semana as tr�s medidas provis�rias que tratam do ajuste fiscal que est� em plen�rio. As MPs 665, 664 e 668 perdem a validade na segunda-feira que vem, dia 1º de junho. Na chegada ao Senado, contudo, o peemedebista - que est� em atrito com a presidente Dilma Rousseff - voltou a criticar a forma como o ajuste tem sido feito pelo governo federal.
O presidente do Senado classificou como "importante" e "inevit�vel" o contingenciamento anunciado pelo governo de cerca de R$ 70 bilh�es ao or�amento. Mas refor�ou que o ajuste do governo n�o pode se dar cortando direitos trabalhistas e previdenci�rios e, sim, tem de ser completo, com come�o, meio e fim. Ele defendeu que mais eficaz do que o contingenciamento seria a extin��o de minist�rios e cargos em comiss�o do governo.
Questionado se o Congresso n�o poderia aprovar a emenda constitucional para diminuir o n�mero de minist�rios, Renan concordou. Mas considerou que o ideal - "isso pegaria muito bem para o Pa�s" - � que o governo tomasse a iniciativa. "Voc� cortar o or�amento mantendo 39 minist�rios � uma coisa que n�o parece consequ�ncia de um processo l�gico", destacou.
Apesar das cr�ticas � forma de condu��o do ajuste, Renan defendeu a perman�ncia do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Para ele, o ajuste est� no caminho errado e o papel do Senado � "qualificar" o pacote de melhoria da economia. "H� um consenso com rela��o � necessidade do ajuste, mas h� um dissenso com rela��o a qual ajuste o Brasil deva fazer. Essa que � a grande discuss�o", avaliou.
Fator previdenci�rio
O presidente do Senado afirmou que a expectativa na Casa � votar a MP 664 da forma como veio da C�mara, ou seja, mantendo a proposta alternativa ao fator previdenci�rio. O Pal�cio do Planalto tenta construir uma sa�da para n�o ter que chancelar a f�rmula 85/95 de aposentadoria.