Bras�lia - No dia seguinte � derrota em plen�rio de pontos que defendia, o presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que todos sa�ram frustrados com a expectativa de uma reforma pol�tica e disse que, na pr�tica, a Casa n�o quer mudan�as.
Cunha negou que a derrota seja sua ou do PMDB. "O PMDB n�o tem a maioria da Casa, o PMDB tem 13% da C�mara, assim como o PT. N�o acho que 13% imp�em a vontade da maioria. Na pr�tica, o que houve � que o deputado que aqui est� elegeu o modelo que aqui est�. Ele, quando olha o modelo, teme que qualquer mudan�a ele possa fazer n�o se eleger. Ent�o, ele tende a ficar com o modelo existente", concluiu.
Nesta quarta-feira os deputados continuar�o a pauta de vota��es da reforma. Ontem, come�aram a discutir financiamento de campanha e recha�aram as doa��es de empresas privadas a partidos e candidatos. O pr�ximo item � financiamento p�blico e doa��o de pessoa f�sica. Para ser aprovado, s�o necess�rios 308. "Vamos votar o financiamento para pessoas f�sicas, se n�o atingir 308, votaremos o financiamento p�blico, se n�o atingir 308, vamos votar o texto original que � financiamento somente para partidos e n�o para candidatos. Se nenhum dos tr�s atingir qu�rum de 308, significa que a Casa resolveu deixar na m�o do Supremo Tribunal Federal a decis�o sobre financiamento da pr�xima campanha", concluiu.
Passada a pauta de financiamento de campanha, os parlamentares discutir�o o fim da reelei��o, tempo de mandato, coincid�ncia de elei��es, cota para mulheres, fim das coliga��es partid�rias, cl�usula de desempenho, voto obrigat�rio e dia da posse presidencial. O que n�o for discutido hoje ficar� para as vota��es de amanh�.
O presidente da C�mara acredita que n�o haver� altera��es significativas no modelo eleitoral brasileiro. "Se n�o quer mudar, provavelmente n�o teremos nenhuma mudan�a substancial. Acho muito pouco prov�vel que passe alguma coisa", previu.
Para o peemedebista, quem votou para manter o atual sistema eleitoral ter� de prestar contas ao eleitor. "Se ele (deputado) decidiu manter o sistema que est�, cada um que pregou na sua campanha eleitoral que ia fazer uma reforma vai ter que explicar para o seu eleitor, cada partido vai explicar para o seu eleitorado. Cada um que defendeu a sua tese, vai defender o seu voto."
Cunha disse que, ao colocar a reforma em vota��o, cumpriu uma promessa. "Coloquei para votar, o que era meu compromisso, algo que n�o tinha sido feito em nenhum momento. N�o h� hist�rico nessa Casa de nenhum gest�o anterior que tenha colocado para votar a reforma pol�tica, de forma ordenada, sem qualquer obstru��o com todas as opini�es podendo ser votadas e respeitadas", afirmou.