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Estado de Minas

Distrit�o foi 'bode na sala' para Cunha, avalia cientista pol�tico


postado em 28/05/2015 11:49 / atualizado em 28/05/2015 12:05

Para Carlos Melo, cientista político do Inspe, Eduardo Cunha conseguiu se articular e
Para Carlos Melo, cientista pol�tico do Inspe, Eduardo Cunha conseguiu se articular e "dar o troco" na quest�o que lhe era mais cara: o financiamento privado de campanha (foto: Jo�o Batista/C�mara dos DEputados)

S�o Paulo - A movimenta��o dessa quarta-feira, 27, no Congresso Nacional comprova o poder individual do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que conseguiu se articular e "dar o troco" na quest�o que lhe era mais cara: o financiamento privado de campanhas. A avalia��o � de Carlos Melo, cientista pol�tico do Insper. Para Melo, a vota��o do distrit�o, que foi a seu ver precipitadamente avaliada como uma derrota de Cunha, mas era apenas uma forma de o presidente da C�mara "colocar o bode na sala", desviando a aten��o e mantendo o foco no financiamento empresarial durante as negocia��es com os parlamentares.

"O objetivo de Eduardo Cunha era colocar na Constitui��o o financiamento privado. Sua arrog�ncia e nepotismo na forma em que desmobilizou a comiss�o da Reforma Pol�tica fizeram com que ele perdesse o que mais buscava na vota��o de ter�a-feira, 26, mas ele conseguiu dar o troco ontem. De alguma forma, o que aconteceu n�o surpreende, pois foi a rea��o de um ator pol�tico que ainda tem a maior for�a individual no Congresso Nacional."

Carlos Melo avalia que Cunha soube ter frieza aliada a uma grande "esperteza regimental", pressionou os partidos pequenos, e conseguiu aprovar na noite de quarta-feira a emenda do l�der do PRB, Celso Russomanno (SP). A proposta contornou o financiamento empresarial direto a candidatos, mas liberou a doa��o de pessoas jur�dicas para partidos.

"� uma mudan�a muito lateral, mas que piora o sistema, pois piora a transpar�ncia", disse Melo ao explicar que a medida aumenta o peso do mecanismo de doa��o via partido, mesmo que esse dinheiro j� seja destinado a um candidato espec�fico. "Hoje, voc� tem a possibilidade de alguma transpar�ncia, com essa regra, acaba."

PT

A emenda de Russomanno vai na contram�o do que vem defendendo o partido da presidente Dilma Rousseff, que anunciou que n�o receberia mais doa��es empresariais nos diret�rios mas n�o havia definido ainda como ficaria a doa��o para candidatos.

Para Carlos Melo, se a PEC aprovada ontem na C�mara passar no Senado, a tend�ncia � o PT voltar atr�s, pois n�o faz sentido a legenda se "auto-flagelar" quando o sistema escolhido por todos � outro. "Sempre h� a possibilidade de o PT morder a l�ngua. O partido pode dizer que defendeu, na reforma pol�tica, o fim do financiamento privado e que foi derrotado em manobra do Eduardo Cunha", avalia.

Reelei��o


Para o cientista pol�tica, a aprova��o do fim da reelei��o na C�mara foi mais uma forma de "fazer barulho", enquanto se aprovava a mat�ria central para os parlamentares, que era o financiamento privado. Carlos Melo acredita que a medida deve cair quando chegar ao Senado. "Por que o fim da reelei��o interessaria agora que a oposi��o est� mais forte, quando PMDB e PSDB t�m chances reais de chegarem ao governo em 2018?"


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