
O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reagiu nesta sexta-feira, 29, ao grupo de deputados do PT, PSB, Pros, PCdoB, PPS e PSOL que pretendem entrar com uma a��o no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a aprova��o da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sobre financiamento de empresas privadas a partidos pol�ticos. "Isso n�o tem o menor cabimento", disse, justificando que n�o houve quebra de acordo para a aprova��o da medida. "O que tem � o choro dos derrotados", ironizou.
Um dos deputados que defendem a contesta��o da medida no Supremo, Alessandro Molon (PT-RJ) argumenta que a C�mara n�o poderia ter deliberado sobre a doa��o de empresas para partidos, j� que havia rejeitado no dia anterior as doa��es privadas aos candidatos. Al�m disso, avalia que o PRB, autor da PEC, e o PTB, que apoiou a proposta, n�o tinham n�mero necess�rio de deputados para subscrever a emenda constitucional. E reitera que o presidente da Casa, Eduardo Cunha, errou ao insistir em pautar uma mat�ria j� vencida na vota��o da �ltima ter�a-feira, 26.
Em entrevista concedida no Rio, Cunha criticou os que buscam a judicializa��o da pol�tica para discutir fatos que "perderam no voto" e lembra que a mat�ria foi aprovada com 330 votos favor�veis na C�mara. "A vota��o foi preponderante, vai ser confirmada no segundo turno e pode ou n�o ser confirmada pelo Senado Federal. Consequentemente, a partir da� � a realidade, e n�o � dessa maneira (recorrendo ao Supremo) que ir�o buscar algo para atender �s suas ideologias."
Para o presidente da C�mara, se os partidos entrarem mesmo com uma contesta��o no Supremo, a Corte dever� decidir como sempre em mat�rias do g�nero, afirmando que � uma quest�o 'interna corporis', que deve ser resolvida internamente por cada poder. E voltou a ironizar: "�s vezes, as pessoas n�o entendem o processo legislativo."