Cada contribuinte brasileiro gasta de R$ 23,68 a R$ 352,36 para manter as assembleias legislativas de seus respectivos estados funcionando. O dado faz parte de um estudo divulgado nesta segunda-feira pelo Portal Transpar�ncia Brasil que mostra que os deputados dos estados mais pobres s�o os mais caros para os cofres p�blicos, custando em m�dia 20% a mais que os dos mais ricos. O mesmo ocorre nas c�maras municipais com renda per capita menor, que pagam a seus vereadores sal�rios e benef�cios 16% maiores do que as cidades mais ricas.
No Legislativo estadual a diferen�a � ainda maior. Entre as assembleias pesquisadas, o gasto mensal com verbas parlamentares nas 12 economias mais pobres (cujo PIB per capita � de R$ 11,8 mil) � de R$ 61,5 mil enquanto nos 12 estados com PIB per capita mais alto (R$ 28,6 mil) s�o de R$ 51,3 mil. Pela Constitui��o Federal, os deputados estaduais recebem at� 75% do que ganham os federais e os vereadores podem chegar � mesma propor��o em rela��o aos representantes das assembleias. Isso tem sido seguido na maioria das casas legislativas, segundo o estudo.
O Transpar�ncia Brasil mostra que, com o reajuste no in�cio deste ano para os parlamentares de Bras�lia, os deputados estaduais de 25 unidades da federa��o, incluindo os de Minas Gerais, recebem R$ 25,3 mil de subs�dio e em outras duas o sal�rio � cerca de R$ 100 menor. No caso das c�maras municipais, 10 capitais fixaram o sal�rio no teto de R$ 15 mil. Em Belo Horizonte o valor autorizado foi de R$ 13,6 mil. O levantamento apontou que as c�maras de Teresina e Natal pagam respectivamente R$ 15,8 mil e R$ 17 mil.
No quesito or�amento geral das casas legislativas, os legislativos estaduais custam de 0,07% a 2,26% do PIB estadual. Em n�meros absolutos o maior gasto � o da Assembleia mineira, que or�ou para este ano R$ 1,276 bilh�o (0,32% do PIB). A de Roraima, que projetou um gasto de R$ 165,4 milh�es est� no topo da rela��o do PIB, com 2,26%.