CPI da Petrobras ouve nesta quarta-feira seis funcion�rios e ex-funcion�rios da estatal que tiveram envolvimento em fases de licita��o e constru��o das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco; Henrique Lage, em S�o Paulo; Presidente Vargas, no Paran�; e Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro.
Eles n�o s�o acusados de irregularidades e ser�o ouvidos na qualidade de testemunhas – e, como tal, s�o obrigados a dizer a verdade. Todos foram convocados a pedido do deputado Altineu C�rtes (PR-RJ), sub-relator respons�vel pela investiga��o do superfaturamento na constru��o de refinarias.
Os deputados querem saber detalhes do processo de forma��o de pre�os das obras licitadas pela Petrobras. A estatal aceitava propostas que estivessem dentro de uma margem que variava de 15% a menos at� 20% a mais que a estimativa de custos feita pela pr�pria petrol�fera.
Na �ltima segunda-feira, a CPI ouviu sete funcion�rios da Petrobras. Eles negaram sobrepre�o e irregularidades nos procedimentos internos da empresa.
Irregularidades
Segundo o ex-gerente de Tecnologia da Petrobras Pedro Barusco, houve forma��o de cartel das empresas na constru��o dos 12 pacotes de obras da refinaria Abreu e Lima (Rnest). Os contratos foram fechados com pre�os perto do m�ximo. Ele disse que apenas o pacote de obras para a Unidade de Hidrotratamento foi fechado em R$ 3,19 bi. A proposta foi do cons�rcio Conest, composto pela Odebrecht e OAS.
J� a Refinaria Henrique Lage (Revap), em S�o Jos� dos Campos (SP), teria rendido propina a diretores da Petrobras, segundo o empres�rio J�lio Camargo, da empresa Toyo Setal. Ele afirmou ter pagado R$ 6 milh�es ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque e a Barusco.
Ele disse o mesmo a respeito das obras da refinaria Presidente Vargas (Repar), em Arauc�ria (PR), e do Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itabora� (RJ). J� a refinaria de Capuava consta de uma planilha de pagamentos encontrada no escrit�rio do doleiro Alberto Youssef.
Com Ag�ncia C�mara