(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

CPI da Petrobras convoca presidente do Instituto Lula

CPI convoca o presidente da entidade para interrog�-lo sobre os repasses de R$ 3 milh�es feitos por empreiteira investigada na Lava-Jato, quebra sigilo de Dirceu e poupa Cunha


postado em 12/06/2015 06:00 / atualizado em 12/06/2015 07:16

A sessão da CPI foi tumultuada, com troca de farpas entre o líder do PSDB, Carlos Sampaio (E), e o deputado petista Afonso Florence (D), de barba) (foto: Antônio Augusto/Câmara dos Deputados)
A sess�o da CPI foi tumultuada, com troca de farpas entre o l�der do PSDB, Carlos Sampaio (E), e o deputado petista Afonso Florence (D), de barba) (foto: Ant�nio Augusto/C�mara dos Deputados)

Bras�lia – Numa sess�o tumultuada, a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Petrobras aprovou 140 novos requerimentos, entre eles, a convoca��o do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, a quebra de sigilos do ex-ministro Jos� Dirceu e de sua empresa, a JD Assessoria e Consultoria, a convoca��o e quebra de sigilo do lobista Milton Pascowitch, al�m de acarea��es entre os principais personagens da Opera��o Lava-Jato.

O PT imp�s sua obstru��o at� parte da sess�o, na tentativa de retardar o andamento da vota��o. A oposi��o, alinhada com os peemedebistas, conseguiu derrubar os pedidos de retirada de itens da pauta feitos pelos petistas e os requerimentos puderam ser apreciados em bloco, de uma s� vez. A ordem do dia da C�mara, que estava prevista para come�ar pela manh�, foi suspensa e, numa a��o orquestrada, assim que os requerimentos foram aprovados na CPI, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu in�cio �s vota��es no plen�rio –  o que regimentalmente impede que a comiss�o vote qualquer tema  –, justamente quando parlamentares defendiam aprovar pedidos prejudicais ao peemedebista.

Os requerimentos extra-pauta n�o foram apreciados. O deputado Afonso Florence (PT-BA) acusou a CPI, comandada pelo PMDB, de n�o convocar e blindar os envolvidos nas investiga��es que p�em sob suspeita outros partidos al�m do PT. J�lio Camargo, da Toyo Setal, e Jayme de Oliveira Filho, conhecido como Careca, ficaram de fora das convoca��es. “Est�o blindando (a convoca��o de Jayme e J�lio) porque atinge o presidente da Casa, que suspendeu a sess�o no plen�rio de forma muito adequada”, apontou o deputado Ivan Valente (Psol-SP), autor dos requerimentos que n�o foram votados. “J�lio Camargo � central nesse processo”, concordou o relator, Luiz S�rgio (PT-RJ), lamentando a forma como os requerimentos foram aprovados. Exaltados, os petistas reclamaram que a a��o foi orquestrada para expor o PT no dia da abertura de seu 5º Congresso. “N�o pode transformar a CPI em tiro ao alvo ao PT”, protestou Florence.

Os tucanos, por sua vez, acusaram o PT de tentar impedir as investiga��es da CPI. “Bandidos do PT est�o presos e eles n�o querem que sejam acareados?”, provocou o l�der do PSDB, Carlos Sampaio (SP). Entre os requerimentos aprovados na CPI est� uma s�rie de acarea��es envolvendo Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Pedro Barusco, Jo�o Vaccari Neto, Alberto Youssef e o ex-presidente da Petrobras Jos� S�rgio Gabrielli. “Hoje o PT tem bandidos de quinta categoria”, insistiu o tucano, um dos autores do requerimento de convoca��o de Paulo Okamotto, motivado pela informa��o de que o Instituto Lula recebeu repasse de R$ 3 milh�es da empreiteira Camargo Correa, uma das acusadas na Opera��o Lava-Jato, que investiga esquema de propinas envolvendo contratos da Petrobras para irrigar partidos e pol�ticos.

No balan�o citado em laudo da Pol�cia Federal, a empreiteira classificou esses e outros tr�s pagamentos – no valor total de R$ 1,5 milh�o – feitos � Lils, empresa do ex-presidente, como “contribui��es e doa��es” e “b�nus eleitoral”. A assessoria de Lula afirma que os recursos foram destinados ao instituto por meio de doa��es legais e que os pagamentos feitos � Lils referem-se a quatro palestras proferidas pelo ex-presidente.

Press�o Al�m de evitar a convoca��o de personagens que poderiam implic�-lo no esquema de corrup��o, Cunha obteve a aprova��o de requerimentos para pressionar a fam�lia do doleiro Alberto Youssef, principal delator contra o peemedebista. Mesmo sem ind�cios que os envolvam no esquema, a CPI aprovou requerimentos do deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), aliado de Cunha, para convocar e quebrar os sigilos banc�rio, fiscal e telef�nico das duas filhas do doleiro, da sua esposa e da sua irm�.

Em sua dela��o premiada, Youssef afirmou que Cunha se beneficiava do esquema de corrup��o na Petrobras e que, por meio de aliados, apresentou requerimento para pressionar uma das empresas a retomar o pagamento de propina. Os requerimentos contra a fam�lia de Youssef t�m o efeito de provocar exposi��o midi�tica e desgaste, al�m de pressionar o doleiro. Tamb�m houve outra convoca��o que pode favorecer Cunha, do policial federal Dalmey Werlang, acusado de instalar uma escuta na cela de Youssef em Curitiba, o que poderia fragilizar as provas obtidas pela Pol�cia Federal.

Greve de fome

O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato come�ou uma greve de fome na cadeia de Modena, ap�s a confirma��o de sua extradi��o ao Brasil. Condenado a 12 anos e 7 meses de pris�o por envolvimento no mensal�o, j� havia tornado p�blica a inten��o de fazer o protesto. Segundo uma fonte da penitenci�ria Sant’Anna, Pizzolato come�ou oficialmente sua greve de fome nessa quinta-feita (11). “Hoje ele n�o almo�ou e deixou claro a inten��o de continuar”, disse. Na semana passada, o Tribunal Administrativo Regional do L�zio n�o acolheu o recurso apresentado pela defesa e autorizou sua extradi��o. A partir de segunda-feira, o governo brasileiro j� pode providenciar o retorno de Pizzolato. Ainda cabe um �ltimo recurso.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)