A decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar os senadores para mudarem de partido sem perder o mandato abriu uma intensa temporada de negocia��es entre legendas e pol�ticos em busca de novas legendas. As conversas podem culminar em uma mudan�a substancial na correla��o de for�as do Senado. Um levantamento feito pela reportagem mostra que pelo menos 12 dos 81 parlamentares est�o "negociando o passe" com outras siglas.
A maioria deles, por�m, prefere n�o tratar abertamente do tema para evitar retalia��es dos atuais partidos, como a retirada de cargos em comiss�es da Casa. O principal afetado seria o PT, que passa por uma crise interna em raz�o do que pode ser considerado a tempestade perfeita: al�m da Opera��o Lava Jato, que atingiu quadros petistas, o inc�modo cresceu com o impopular pacote de ajuste fiscal assinado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Cinco senadores da sigla est�o na mira de outros partidos. O principal destino deve ser o PSB.
Mas a primeira mudan�a "oficial" foi a da senadora tucana L�cia V�nia (GO), que anunciou sua desfilia��o do PSDB, partido ao qual estava filiada h� 20 anos. O destino mais prov�vel � o PSB.
Um senador conta, em car�ter reservado, que o Pal�cio do Planalto entrou em campo para evitar uma debandada e conseguiu pelo menos adiar o processo. Entre os poucos que falam abertamente sobre o assunto est� o petista Paulo Paim (RS). "Decidirei para onde vou at� o fim do ano. Tenho dialogado com muita gente", diz. O senador conta que um grupo de colegas de v�rias legendas tem se reunido regularmente para debater a mudan�a e a possibilidade de uma sa�da em bloco.
"Existem uns dez senadores discutindo mudar de partido. O que � mais determinante � a situa��o deles nos Estados", conta o senador Cristovam Buarque (PDT-RS). Apesar de dizer que foi procurado com propostas para deixar a legenda trabalhista, ele descarta a ideia, pelo menos por ora.
Ass�dio
No fim de maio, por maioria de votos, os ministros do Supremo conclu�ram que os mandatos dos senadores pertencem � pessoa eleita e n�o ao partido. Uma das agremia��es que tenta surfar na brecha para a troca partid�ria � o pequeno PPL - Partido P�tria Livre. V�rios senadores relataram que foram procurados por interlocutores da legenda nanica. Nascido da costela do grupo MR8, que era ligado ao ex-governador paulista Orestes Qu�rcia, o PPL n�o conta com nenhum deputado federal. Tem, portanto, pouco tempo de TV e parcos recursos do Fundo Partid�rio.
Mesmo assim, os emiss�rios do partido dizem que est�o dispostos a "refund�-lo" tendo como base e inspira��o o Podemos, da Espanha. O senador Walter Pinheiro (PT-BA) foi um dos sondados. Ele conta que recebeu a visita de um ex-deputado. "Tomamos um caf� e ele me ofereceu para presidir o diret�rio da Bahia", disse.
O senador baiano declinou o convite porque, segundo ele, bate de frente com propostas que apresentou durante a discuss�o da reforma pol�tica. Pinheiro disse que a possibilidade de mudan�a de partido est� descartada, ao menos at� 2016.
"Est�o vendo o PPL como uma possibilidade, mas n�o cogitamos fazer uma refunda��o", disse Miguel Manso, secret�rio de organiza��o da legenda. Manso afirma que os senadores que aderirem � sigla "sem d�vida" ter�o participa��o na dire��o.
A maioria deles, por�m, prefere n�o tratar abertamente do tema para evitar retalia��es dos atuais partidos, como a retirada de cargos em comiss�es da Casa. O principal afetado seria o PT, que passa por uma crise interna em raz�o do que pode ser considerado a tempestade perfeita: al�m da Opera��o Lava Jato, que atingiu quadros petistas, o inc�modo cresceu com o impopular pacote de ajuste fiscal assinado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Cinco senadores da sigla est�o na mira de outros partidos. O principal destino deve ser o PSB.
Mas a primeira mudan�a "oficial" foi a da senadora tucana L�cia V�nia (GO), que anunciou sua desfilia��o do PSDB, partido ao qual estava filiada h� 20 anos. O destino mais prov�vel � o PSB.
Um senador conta, em car�ter reservado, que o Pal�cio do Planalto entrou em campo para evitar uma debandada e conseguiu pelo menos adiar o processo. Entre os poucos que falam abertamente sobre o assunto est� o petista Paulo Paim (RS). "Decidirei para onde vou at� o fim do ano. Tenho dialogado com muita gente", diz. O senador conta que um grupo de colegas de v�rias legendas tem se reunido regularmente para debater a mudan�a e a possibilidade de uma sa�da em bloco.
"Existem uns dez senadores discutindo mudar de partido. O que � mais determinante � a situa��o deles nos Estados", conta o senador Cristovam Buarque (PDT-RS). Apesar de dizer que foi procurado com propostas para deixar a legenda trabalhista, ele descarta a ideia, pelo menos por ora.
Ass�dio
No fim de maio, por maioria de votos, os ministros do Supremo conclu�ram que os mandatos dos senadores pertencem � pessoa eleita e n�o ao partido. Uma das agremia��es que tenta surfar na brecha para a troca partid�ria � o pequeno PPL - Partido P�tria Livre. V�rios senadores relataram que foram procurados por interlocutores da legenda nanica. Nascido da costela do grupo MR8, que era ligado ao ex-governador paulista Orestes Qu�rcia, o PPL n�o conta com nenhum deputado federal. Tem, portanto, pouco tempo de TV e parcos recursos do Fundo Partid�rio.
Mesmo assim, os emiss�rios do partido dizem que est�o dispostos a "refund�-lo" tendo como base e inspira��o o Podemos, da Espanha. O senador Walter Pinheiro (PT-BA) foi um dos sondados. Ele conta que recebeu a visita de um ex-deputado. "Tomamos um caf� e ele me ofereceu para presidir o diret�rio da Bahia", disse.
O senador baiano declinou o convite porque, segundo ele, bate de frente com propostas que apresentou durante a discuss�o da reforma pol�tica. Pinheiro disse que a possibilidade de mudan�a de partido est� descartada, ao menos at� 2016.
"Est�o vendo o PPL como uma possibilidade, mas n�o cogitamos fazer uma refunda��o", disse Miguel Manso, secret�rio de organiza��o da legenda. Manso afirma que os senadores que aderirem � sigla "sem d�vida" ter�o participa��o na dire��o.