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Estado de Minas

Dinheiro da corrup��o brasileira tem nova rota no exterior


postado em 06/07/2015 06:00 / atualizado em 06/07/2015 07:21

Doleiros da Lava-Jato testaram algumas das novas estratégias para remessa ilegal de valores para o exterior(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 19/6/15)
Doleiros da Lava-Jato testaram algumas das novas estrat�gias para remessa ilegal de valores para o exterior (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 19/6/15)

BRAS�LA – O dinheiro da corrup��o brasileira tem percorrido novos caminhos, refugiando-se agora em pa�ses como China, Tail�ndia, Austr�lia e Emirados �rabes. A Su��a ainda � o destino mais procurado para evas�o de divisas e lavagem de dinheiro, mas, na �ltima d�cada, os criminosos t�m diversificado. Conforme investigadores, a l�gica � que, se o dinheiro for pego numa conta de um lugar, h� uma outra, sem conex�o com ela, em outro pa�s, e o investigado n�o perde todo o valor desviado.

Doleiros t�m enviado dinheiro sujo para a �sia e a Oceania porque para�sos fiscais do Caribe, da Europa e da Am�rica do Sul – que oferecem tradicionalmente liberdade cambial, baixos impostos e alto grau de sigilo empresarial – se tornaram mais visados pelas autoridades, aumentaram o rigor de suas leis e t�m colaborado mais com investiga��es de outros pa�ses.


A procuradora da Rep�blica Carla de Carli, do Grupo de A��o Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi), explica que a situa��o econ�mica tamb�m tem influenciado. A partir da crise de 2008, houve escassez de recursos no mercado global, e o G-20 (grupo das 20 na��es mais ricas do mundo) passou a pressionar para�sos fiscais tradicionais para que os ativos neles depositados circulassem na economia.


Outro motivo � o crescimento do com�rcio com pa�ses orientais, que ajuda a justificar as remessas sob o pretexto de opera��es de importa��o e exporta��o. “H� bancos chineses, bancos mundiais que t�m captadores de dinheiro. Eles prometem seguran�a, baixa taxa��o e, alguns, dificuldade na coopera��o com o Brasil em caso de pedido de informa��o”, contou um investigador.

Press�o

A press�o dos EUA para que a Su��a se comprometa a combater a lavagem tem estimulado a procura por outros centros financeiros. A Su��a, por exemplo, n�o permite mais abertura de contas que t�m um n�mero como titular em vez do nome do correntista. A partir de 2018, o pa�s se comprometeu a informar aos EUA os nomes dos milion�rios americanos que t�m dinheiro em seus bancos.


“Esse pessoal que est� buscando sigilo, privacidade, sonega��o fiscal e lavagem, eles v�o sair da Su��a. V�o para centros onde os EUA e a Europa n�o t�m muita for�a. Hong Kong, Cingapura. Por isso que h� essa migra��o”, disse o delegado da PF Lu�s Fl�vio Zampronha, especializado na investiga��o de crimes financeiros e que atuou no mensal�o. “O Brasil vai ter for�a para fazer um tratado desse com a Su��a?”, questiona.

A press�o internacional tamb�m tem interferido no local escolhido para abertura de sociedades offshore. Desde 2012, o Uruguai aprovou legisla��o obrigando s�cios de empresas a se identificarem. A regra acabou com as a��es ao portador, quando o verdadeiro controlador da empresa era desconhecido das autoridades. As offshores criadas antes da legisla��o t�m agora de informar os dados ao Banco Central do Uruguai.


O Panam� tamb�m discute uma legisla��o para obrigar a identifica��o dos donos na abertura de sociedades offshore. A partir da cria��o das empresas, contas banc�rias s�o abertas em nome dessas firmas, escondendo quem �, de fato, o dono dos recursos.


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