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Estado de Minas

Cardozo manda recado ao PT que n�o vai interferir nas investiga��es da PF

Declara��o do Ministro da Justi�a foi feita durante depoimento � CPI da Petrobras. Ele disse tamb�m que escuta em cela de doleiro "grav�ssima" e ser� punida


postado em 16/07/2015 06:00 / atualizado em 16/07/2015 07:25

"Tenho absoluta certeza de que nenhum fato relacionado a desvio de dinheiro p�blico, corrup��o e improbidade chegar� pr�ximo � presidente Dilma Rousseff" - Jos� Eduardo Cardozo, ministro da Justi�a (foto: Evaristo S�/AFP)

Bras�lia – Em mensagem cifrada a uma ala do PT mais ligada ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, afirmou ontem, na Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Petrobras, que, enquanto estiver � frente da pasta, n�o vai controlar ou instrumentalizar investiga��es. Ele tem sofrido cr�ticas dentro do partido “por ter perdido o controle da Lava-Jato e permitir vazamentos seletivos”. Cardozo disse que, enquanto estiver no Minist�rio da Justi�a, guardando estrita conson�ncia com a orienta��o da presidente da Rep�blica, “nunca atuar� na perspectiva de controlar ou direcionar investiga��es”.

Questionado, disse que n�o se sente injusti�ado pelo PT. “Recebi manifesto de deputados da minha bancada. Vi que algumas pessoas est�o insatisfeitas. N�o creio que eu tenha errado na condu��o da Pol�cia Federal. Claro que existem cr�ticas. Sigo o meu rumo, ditado pela minha consci�ncia”, salientou. Durante sua exposi��o, que come�ou por volta das 15h e se estendeu at� depois das 21h, Cardozo fez refer�ncias � honestidade da presidente Dilma Rousseff e atestou que a Operac�o Lava-Jato n�o passa perto da petista. “Tenho absoluta certeza de que nenhum fato relacionado a desvio de dinheiro p�blico, corrup��o e improbidade chegar� pr�ximo � presidente Dilma Rousseff.”

Em rela��o �s escutas encontradas na cela do doleiro Alberto Youssef, um dos principais operadores do esquema de corrup��o na Petrobras, Cardozo afirmou que, se comprovada, a ilegalidade consistir� em ato grav�ssimo. O ministro informou que h� sindic�ncia em andamento. “Escutas ilegais jamais podem ser feitas, e a�, podem ter absoluta certeza de que, se ficar comprovado, pouco importando a raz�o, haver� puni��es, sim, �queles que as praticaram”, assegurou. Um delegado e um agente da Pol�cia Federal informaram ao colegiado que as escutas encontradas na cela da corpora��o em Curitiba estavam ativas.

A oposi��o teme que a comprova��o da ilegalidade na coleta de provas possa anular toda a opera��o. O ministro comunicou que tamb�m h� uma investiga��o em curso para apurar a instala��o de uma outra escuta no fum�dromo da Pol�cia Federal de Curitiba e ressaltou que a sindic�ncia deve ser conclu�da em breve.

Sobre o encontro entre Dilma, ministros e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, na cidade do Porto, em Portugal, Cardozo repetiu a vers�o oficial. Afirmou que, na reuni�o, o assunto foi apenas o reajuste do Judici�rio, e a Lava-Jato n�o entrou na pauta. Ele defendeu reuni�es com o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, e tamb�m com advogados da empresa Odebrecht, envolvida na Lava-Jato. “S� na ditadura n�o se poderia receber advogados. Faz parte da minha atribui��o”, afirmou.

VAZAMENTOS O ministro tamb�m ressaltou que h� inqu�ritos em andamento para apurar o vazamento de informa��es sigilosas da Opera��o Lava-Jato. Comunicou que Janot tamb�m pediu apura��o para investigar a divulga��o da dela��o premiada do dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa.

“Acho lament�vel que muitas vezes algumas pessoas s�o atingidas em sua honra”, afirmou. Ele lembrou que as dela��es premiadas n�o s�o “senten�as condenat�rias” e que os delatores podem mentir. “O que eles dizem n�o tem valor probat�rio”, destacou. O ministro ponderou que algumas informa��es das investiga��es s�o do pr�prio juiz S�rgio Moro, que resolve divulg�-las, mas outras s�o completamente ilegais. Segundo ele, sempre que h� vazamentos ilegais, � determinada a abertura de inqu�rito. “Acho inaceit�vel que se vaze informa��o.”


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