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Estado de Minas

'O nome dele aparecia nas conversas', diz Barusco sobre propina a Dirceu


postado em 16/07/2015 13:37 / atualizado em 16/07/2015 13:41

S�o Paulo e Curitiba - O ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco, um dos delatores da Opera��o Lava Jato, informou em depoimento � Justi�a Federal na ter�a-feira, 14, que o nome do ex-ministro Jos� Dirceu (Casa Civil - Governo Lula) 'aparecia nas conversas' sobre repasses de propinas. Ele disse que n�o sabe se Dirceu efetivamente recebeu.

"O nome dele (Dirceu) aparecia nas conversas. Agora, se ele efetivamente recebeu, n�o era papel meu. Eu cuidava da parte da Casa e j� era dif�cil. Eu n�o me envolvia com esse neg�cio do partido", afirmou Barusco, ap�s ser questionado pelo juiz federal S�rgio Moro se o ex-ministro recebia valores.

Ele disse que n�o sabe se Dirceu efetivamente recebeu. O ex-gerente era bra�o direito de Duque na Diretoria de Servi�os da estatal.

Barusco dep�s como testemunha de acusa��o nos autos da a��o penal contra o ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto, o ex-diretor de Servi�os da Petrobras, Renato Duque, e outros 25 r�us por lavagem de dinheiro.

Na mesma audi�ncia, realizada na ter�a-feira dep�s o lobista Julio Camargo. Delator da Lava Jato, Camargo afirmou que entregou R$ 4 milh�es em propinas para Jos� Dirceu, 'autorizado' por Renato Duque.

Pedro Barusco falou tamb�m sobre Jo�o Vaccari. "Eventualmente, teve uma vez que eu estava com dificuldade de receber de uma empresa e o Vaccari, coincidentemente, falou que tinha facilidade de receber daquela empresa. N�s trocamos, vamos dizer, um aporte de uma empresa pelo aporte de uma outra."

Barusco contou que come�ou a receber propinas na Petrobras em '95, 96' - primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Segundo ele, o dinheiro teria sa�do de contratos de plataforma.

"Eu comecei recebendo propina da SBM em 95, 96. Eu n�o lembro exatamente o in�cio, quando come�ou. (Era) ligado a uns contratos de plataforma, ganhava um porcentual da comiss�o de representa��o do representante da SBM. No tempo eu n�o sei precisar exatamente. Em 2003 eu comecei a conviver com muitas empresas, come�ou uma empresa, uma outra empresa. Quando eu vi, eu estava nesse mercado, vamos dizer assim, nesse cen�rio", afirmou ao juiz federal S�rgio Moro, que conduz as a��es da Lava Jato.

O delator amealhou US$ 97 milh�es em propinas, segundo ele pr�prio admitiu em depoimento � Pol�cia Federal e � Procuradoria. Ele abriu m�o da fortuna e concordou em comunicar as institui��es financeiras na Su��a sua disposi��o em repatriar os valores.

"At� 2003, eu s� me lembro de ter recebido e de receber da SBM. A partir de 2003, final de 2003, quando eu entrei n�o tinha tanta intimidade, relacionamento com as empresas nem com diretor, eu comecei a receber de outras empresas", contou.

Em mar�o, o Minist�rio P�blico Federal informou que havia repatriado R$ 182 milh�es da Su��a, dinheiro que estava depositado em contas de Pedro Barusco. As transfer�ncias foram autorizadas espontaneamente pelo pr�prio Barusco, dentro do acordo de dela��o premiada que ele firmou com a for�a tarefa da Opera��o Lava Jato.

Pedro Barusco disse, ainda, que entregava a Renato Duque quase semanalmente envelopes com dinheiro de propinas.

A rotina da corrup��o se prolongou, segundo Barusco, 'por cinco ou seis anos'. O dinheiro era entregue em envelopes, quase sempre. "�s vezes pulava uma semana, era assim", disse o ex-gerente delator.

O criminalista Roberto Podval afirma que o ex-ministro Jos� Dirceu nunca recebeu propinas. Ele disse que a JD Assessoria - hoje inativa -, realizava efetivamente servi�os de consultoria. "Todos os recebimentos eram contabilizados", assegurou Podval.

O advogado Luiz Fl�vio Borges D'Urso, defensor de Jo�o Vaccari Neto, afirma que o ex-tesoureiro do PT se dedicava � arrecada��o de valores l�citos para o partido. D'Urso tem reiterado que Vaccari 'jamais recebeu propinas'.


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